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Reinaldo Azevedo

Tris in Idem: Witzel é afastado do cargo, e Pastor Everardo é preso

Viaturas da Polícia Federal chegam ao Palácio das Laranjeiras para entregar o comunicado que determina o afastamento de Wilson Witzel (no destaque) do cargo de governador - Letícia Lopes/Agência O Globo; Ana Branco em 20/01/2020/Agência O Globo
Viaturas da Polícia Federal chegam ao Palácio das Laranjeiras para entregar o comunicado que determina o afastamento de Wilson Witzel (no destaque) do cargo de governador Imagem: Letícia Lopes/Agência O Globo; Ana Branco em 20/01/2020/Agência O Globo

Colunista do UOL

28/08/2020 07h44

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Leiam o que informa o G1. Comento daqui a pouco, em outro post.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta sexta-feira (28), o afastamento imediato, inicialmente por 6 meses, do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por irregularidades em contratos na saúde. Não há ordem de prisão contra o governador. As diligências foram autorizadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves.

O pastor Everaldo, presidente Nacional do PSC, foi preso na operação. No total, são 17 mandados de prisão, sendo 6 preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão.

Mandados de prisão confirmados:
- Pastor Everaldo, presidente do PSC (preso);
- Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico;
- Sebastião Gothardo Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda (preso).

Mandados de busca e apreensão confirmados:
- contra a primeira-dama, Helena Witzel, no Palácio Laranjeiras;
- contra André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa (Alerj);
- desembargador Marcos Pinto da Cruz.

Operação Tris in Idem
A operação, batizada de Tris in Idem, é desdobramento da Operação Favorito e da Operação Placebo -- ambas em maio, e da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde.

O nome é uma referência ao terceiro governador que, segundo os investigadores, faz uso de um esquema semelhante de corrupção - em referência oculta aos ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o governo do RJ estabeleceu um esquema de propina para a contratação emergencial e para liberação de pagamentos a organizações sociais (OSs) que prestam serviços ao governo, especialmente nas áreas de saúde e educação.

A PGR sustenta que Witzel usou o escritório de advocacia da mulher, Helena, para receber dinheiro desviado por intermédio de quatro contratos simulados no valor aproximado de R$ 500 mil - cerca de R$ 15 mil mensais de cada uma das quatro.

A decisão do ministro Benedito Gonçalves levou em conta as investigações de outras duas ações: a Favorito, que prendeu o empresário Mário Peixoto, e a Placebo, sobre desvios de dinheiro público destinado à montagem de seis hospitais de campanha do estado para o tratamento da Covid-19.

A operação desta sexta
Às 6h20, carros da Polícia Federal (PF) chegaram ao Palácio Laranjeiras -- residência oficial do governo do RJ -- para notificar Witzel do afastamento e para fazer buscas contra Helena. O Palácio Guanabara, sede do governo, e a Alerj também foram alvo das buscas.

Os mandados estão sendo cumpridos também em outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e no Distrito Federal.

Também está sendo alvo de busca e apreensão um endereço no Uruguai, local onde estaria um dos investigados cuja prisão preventiva foi decretada - a identificação não foi revelada.