Trump, "acostuma-te à lama que te espera; o beijo é a véspera do escarro"
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Comecemos com um poema para Donald Trump:
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
O nome do soneto é "Versos íntimos", do grande poeta paraibano Augusto dos Anjos (1884-1914), autor de um único livro em vida, chamado "Eu", depois acrescido de outros poemas. Assim amanhece Donald Trump nesta segunda, ainda que ele, publicamente, procure evitar a melancolia e fale em lutar por um mandato que insiste em dizer que lhe pertence, embora todo o mundo, incluindo a América, diga o contrário.
Acabou a aventura do bufão.