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Reinaldo Azevedo

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Perigo está na derrota do centrão para o Partido Militar, não no contrário

O então pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro em 3 de maio de 2018, no Comando Militar do Sudeste, quando este passou a ser chefiado pelo general Luiz Eduardo Ramos, que se tornaria ministro da Secretaria do Governo em 13 de junho de 2019 - Mastrangelo Reino - 03/mai.18/Folhapress
O então pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro em 3 de maio de 2018, no Comando Militar do Sudeste, quando este passou a ser chefiado pelo general Luiz Eduardo Ramos, que se tornaria ministro da Secretaria do Governo em 13 de junho de 2019 Imagem: Mastrangelo Reino - 03/mai.18/Folhapress

Colunista do UOL

30/07/2021 06h46

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Leia trechos da minha coluna na Folha:

A "prova matemática" que Jair Bolsonaro apresenta de que houve fraude em 2018 é, ela mesma, uma fraude já desmoralizada pelos... matemáticos. O truque, a exemplo do que se dá com o cloroquinismo, consiste em chamar de mera opinião a ciência, e de ciência a mera opinião ou o proselitismo ideológico. Uma postura corrói a democracia; a outra mata pessoas. O momento é delicado. Bolsonaro já sabota seu recém-indicado ministro da Casa Civil.

A trapaça se opera com a mesma sem-cerimônia com que o crime é chamado de liberdade de expressão, e a liberdade de expressão, de crime. E tudo se dá sob o silêncio cúmplice do procurador-geral da República, Augusto Aras, ele próprio empenhado em criminalizar os que têm uma opinião desabonadora não a respeito de sua pessoa privada —talvez seja um cara bacana—, mas de seu desempenho à frente da PGR, a exemplo do que faz com Conrado Hübner Mendes, colunista deste jornal.

Antes de sua patuscada matemática --criminosa por si mesma porque ataca a institucionalidade por meio de uma falácia--, foi o presidente a acusar o Supremo de ter cometido crime ao supostamente tê-lo impedido de atuar contra a pandemia. É evidente que não agiria com tamanha desenvoltura não fossem a certeza da impunidade e a esperança da virada de mesa "manu militari". E aqui está o xis da questão.
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