Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Na Folha: PEC dos Precatórios é o mal menor; isso é política, e PT percebeu
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Leiam trechos da minha coluna na Folha:
*O Senado acertou ao aprovar o texto da PEC dos Precatórios. Defendi que assim fosse no programa "O É da Coisa", que ancoro na BandNews FM. Não tardou para que chegasse a indagação: "Tá bolsonarizando?" Não. Estava escolhendo o mal menor e, no meu pequeno quintal, preferindo a política à desordem. Como disse aquele, "é preciso cultivar nosso jardim". Ou tudo vira terra crestada na esperança do quanto pior, melhor. Os petistas, por exemplo, votaram a favor. Quando o governo anunciou que daria um jeito de driblar o teto de gastos, juntando na tal PEC, a um só tempo, calote, furo do teto e pedalada fiscal, a Bolsa caiu e o dólar subiu. Agora, enquanto escrevo, a Bolsa sobe e o dólar tende a andar de lado. Salvo algum evento alheio à votação do Senado, assim deve fechar o dia.
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O Senado melhorou o texto que saiu da Câmara: carimbou a folga fiscal para o pagamento do Auxílio Brasil e despesas referentes a Saúde, Previdência e assistência social; encurtou o prazo do calote de 2036 para 2026 (o que será alongado de novo no futuro, aposto); retirou do teto de gastos os R$ 16 bilhões de precatórios do Fundef e tornou permanentes os recursos do programa social. "Não apontou a fonte de financiamento do benefício, driblando a Lei de Responsabilidade Fiscal", gritam. Fato. Ajeita-se adiante.
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Se um governo inepto nos empurrou para alternativas ruins, de modo a que nos vemos na contingência de escolher o mal menor, dizer o quê? Isso tem de ser levado para a arena da política. É por isso que o artigo 60 da Constituição estabelece, no inciso II do parágrafo 4º, "o voto direto, secreto, universal e periódico" como cláusula pétrea. Façamos política em vez de negá-la e depredá-la, como virou moda desde que a praga obscurantista e burra do morismo contaminou o país.
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