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Reinaldo Azevedo

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Na Folha: Lula não precisa falar para vencer; os adversários falam por ele

Lula toma a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Um de seus adversários, como é sabido, é um negacionista fanático - Reprodução
Lula toma a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Um de seus adversários, como é sabido, é um negacionista fanático Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

10/12/2021 07h27

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Leiam trechos da minha coluna de hoje:
O ex-presidente Lula segue como franco favorito na disputa presidencial do ano que vem, mesmo falando o mínimo possível. Nem precisa. A logolatria de alguns de seus potenciais adversários, candidatos a autocratas, conspira a seu favor. E há o espetáculo do crescimento de delírios do paraíso, em meio a caminhões de ossos, de Paulo Guedes.
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A propósito: também repudio a ditadura de Ortega, mas não estendo o tapete para um ex-juiz que propõe a criação de um tribunal de exceção no Brasil, que seria formado com a interferência de organismos multilaterais. Moro fala abertamente sobre o assunto a entrevistadores servis, que nem se encarregam de lembrar ao doutor que 1) qualquer coisa dessa natureza teria de ser aprovada pelo Congresso; 2) ainda que aprovada fosse, seria inconstitucional.
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No Conversa com Bial, Moro deixou entrever que caminhos percorreria se fosse presidente da República. Ao contestar o Supremo, afirmou: "O que existe, muitas vezes, é um apego excessivo a formalismo e tecnicismo e acaba confrontando o sentimento de justiça das pessoas". O direito nada mais é do que a formalização "do sentimento de justiça das pessoas". Sem ela, ficamos entregues ao arbítrio dos poderosos ou ao justiçamento das maiorias da hora. Se as regras do jogo são tratadas como "tecnicismo", a pretensão punitiva do Estado, ou das hordas, se torna um imperativo. Tem-se a morte do direito de defesa. E, creiam!, há quem se diga "liberal e morista" a um só tempo. É mesmo?

Como há os sedizentes "liberais e bolsonaristas". Nesta quinta, o presidente expressou o cerne do seu entendimento de uma política pública de saúde. Participava de um evento oficial. Depois de desferir palavrões contra João Doria e de retomar os ataques ao Supremo, com especial atenção a Alexandre de Moraes, deixou claro por que é contrário à exigência do passaporte da vacina para a entrada de estrangeiros no país: ele próprio, lembrou aos berros, não se vacinou.
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