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O PDT de Ciro Gomes quer participar das reuniões dos partidos não alinhados
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A coluna perguntou ao presidente do PDT, Carlos Lupi, se ele participaria das reuniões entre presidentes de partidos promovidas pelo ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta.
Antes de continuar, vale uma explicação.
No último dia 16, Mandetta promoveu um almoço com sete legendas, os presidentes de PSDB, DEM, Cidadania, PV e Podemos. O Solidariedade e o MDB mandaram representantes. Todos se declaram não alinhados nem com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nem com o ex-presidente Lula (PT).
O objetivo dos partidos não alinhados é tentar montar a tal chapa da chamada "terceira via" contra a polarização entre Lula e Bolsonaro nas eleições de 2022.
É difícil, porque nenhum desses sete partidos tem candidato forte, já definido, a presidente da República. Mas é isso que os une: a possibilidade de definirem juntos um nome.
É aí que volto ao PDT.
Apesar de também se dizer contrário à polarização entre PT e governo nas eleições, o PDT não participou do encontro. A dificuldade é que o partido já está com a pré-candidatura de Ciro Gomes nas ruas e o grupo reunido por Mandetta tem dito que não quer discutir nomes no momento.
Ficou uma zona cinzenta nas declarações de todos os envolvidos. Daí que a coluna foi perguntar a Carlos Lupi se o partido entrará nessas conversas. A resposta foi:
"Quem na política, como na vida, não conversa, está fadado ao Isolamento, neste momento todos os democratas, devem conversar."
Aí a pergunta foi se ele havia sido procurado.
"Sim, desde a primeira reunião, não pude ir pois tinha compromisso já agendado", disse Lupi.
Mas vai na próxima?
"Provavelmente iremos. Só depende da data. Só existirá união em torno de um projeto para o Brasil, fora da política do ódio", disse.
Em outras palavras, parafraseando Leonel Brizola, o fundador do partido e ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul: o PDT está costeando o alambrado. Não para sair, mas para entrar no grupo dos partidos não alinhados.
O problema é que Ciro já está candidato e, se entrar, os partidos que já estão dentro podem se sentir constrangidos. O PSDB é um desses, pois ainda sonha em lançar um candidato próprio. Então há resistências.
Lupi sabe disso e não pretende furar o alambrado, mas está à espreita para tentar atrair o apoio do grupo a seu candidato.
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