Topo

Tales Faria

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Eventual 2º turno terá 30 dias preocupantes de violência, diz Boulos

Colunista do UOL

12/09/2022 16h14Atualizada em 12/09/2022 18h17

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

"Se existir 2º turno, não tenho dúvida de que teremos os 30 dias mais difíceis dos últimos anos no Brasil", disse Guilherme Boulos, candidato a deputado federal pelo Psol-SP em entrevista ao UOL nesta manhã.

Ele não se referia a dificuldades eleitorais. "Estou falando desse clima de ódio e violência política que Bolsonaro semeou na sociedade brasileira. Isso vai ser intensificado num eventual 2º turno de uma maneira atroz", disse Boulos.

Ele próprio conta ter sido vítima de um ato de violência nesta sexta-feira, 9, durante panfletagem à tarde em São Bernardo do Campo. Foi oferecer panfleto a um eleitor e o cidadão afirmou que votava em Jair Bolsonaro (PL), que não queria o panfleto e que era para ele se afastar pois estava armado.

De fato, os atos de violência na campanha já estão se intensificando. Na quinta-feira, 8, um apoiador de Bolsonaro foi preso preventivamente após confessar ter matado um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com golpes de faca e machado na cidade de Confresa (MT), depois de uma discussão política.

Como lembrou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto, coincidentemente, a briga que levou ao crime começou algumas horas após o presidente da República defender, em comício na praia de Copacabana, que era necessário "extirpar da vida pública" adversários políticos da esquerda.

No dia 9 de julho, o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda atingido por tiros disparados pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho em Foz do Iguaçu (PR). Arruda, que era petista, morreu no dia seguinte. Bolsonarista, o autor dos disparos havia invadido a festa de aniversário da vítima, que tinha como tema o PT.

Segundo Boulos, atos como esses são resultado da atuação do Bolsonaro: "A linguagem dele é essa, a de incentivar seus seguidores ao extremismo, à violência, ao ataque, ao golpismo. Então eu fico muito sobre o que possa em termos de violência num eventual 2º turno."

A conferir...