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Contra trabalho escravo, Amoêdo adere ao boicote às vinícolas
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O empresário João Amoêdo, que foi candidato a presidente da República em 2018 pelo Partido Novo, anunciou no programa UOL Entrevista desta quinta-feira (dia 1º) que não consumirá produtos das vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi.
Foram resgatados em uma ação conjunta da polícia com o Ministério do Trabalho, na noite da última quarta-feira (22), mais de 200 trabalhadores que enfrentavam condições de trabalho análogas à da escravidão em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
As vinícolas culpam uma empresa terceirizada pela contratação e pelos maus tratos. Mas Amoedo defende uma ação dura, inclusive dos consumidores, contra as empresas envolvidas.
"É difícil imaginar que se contrate um volume expressivo de mão de obra e não se faça um mínimo de checagem sobre quem vai ser seu fornecedor", argumentou o empresário.
Segundo Amoedo, "faz parte da responsabilidade dos empresários entender quem são os fornecedores (....). Certamente eu concordo com a ideia de que o consumidor tem que estar mais atento, ele é quem mais penaliza a empresa".
Perguntado, especificamente, se ele próprio deixará de consumir vinhos das vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi, Amoedo respondeu que suspenderá o consumo dos produtos até que as empresas o convençam do contrário:
"Não, não vou consumir. Pelo menos até que tenha uma explicação muito boa do porquê isso aconteceu e quais medidas serão tomadas pela empresa para que isso não se repita."
Nas últimas eleições, Amoêdo rompeu com o partido Novo, do qual foi um dos fundadores e principais articuladores. Embora sempre tenha manifestado oposição às ideias do PT e do presidente Lula, Amoêdo anunciou o voto no candidato petista para derrotar Jair Bolsonaro.
Criticado pelo partido, ele se desfiliou e agora tornou-se também um dos maiores críticos da sigla. Especialmente depois que o Novo decidiu que utilizará recursos do Fundo Partidário nas próximas eleições.
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