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Na briga de Bolsonaro e Tarcísio ainda haverá tiro, porrada e bomba
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Após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se posicionar a favor da reforma tributária, ele foi vaiado hoje (6) durante uma reunião do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No programa Análise da Notícia, o colunista do UOL Tales Faria afirmou que as vaias foram apenas o primeiro capítulo de uma briga que ainda será extensa pelo posto de representante da direita.
Tiro, porrada e bomba
Bolsonaro diz que seu núcleo deve ser sempre oposição. As vaias a Tarcísio foram incentivadas pelo ex-presidente, que defende que bolsonaristas não devem apoiar a reforma de maneira alguma. Diante dos acontecimentos dos últimos dias, a briga entre eles ainda deve esquentar.
Maior adversário de um político é aquele que disputa o mesmo espaço. O real motivo da briga entre Bolsonaro e Tarcísio é que, na política e em questões eleitorais, seu pior inimigo não é seu adversário, mas aquele que disputa a sua mesma trincheira. Hoje, Tarcísio e os bolsonaristas disputam a trincheira da direita, e Bolsonaro defende que a trincheira deve ser radical, com seus filhos ou até mesmo sua mulher sendo os expoentes, enquanto o governador de São Paulo parece querer se distanciar do radicalismo.
Tarcísio defende que não há como ser contra a reforma. Hoje, Tarcísio é a figura que tem a expectativa da Faria Lima e da direita mais moderada e elitizada de ser o grande receptor de votos da direita após Bolsonaro se tornar inelegível. O governador de São Paulo disse na reunião do PL que não dá para ser contra a proposta, pois ela vai ser responsável pelo acerto de contas do Brasil.
Ruptura inevitável. Com Tarcísio e Bolsonaro disputando a mesma trincheira, é inevitável uma ruptura de forma definitiva mais adiante. Hoje, alguns "bombeiros" tentam apaziguar a briga, mas, para uma guerra se formar entre os dois, é só questão de tempo.
Revolta x segurança. Após defender a reforma tributária e ser vaiado durante a reunião do PL, Tarcísio precisou ser escoltado para não sofrer agressões físicas de membros do PL que estão com raiva pelo ex-ministro de Bolsonaro ter apoiado a reforma e, mais do que isso, tirado foto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Deputados do PL devem votar a favor da reforma. A expectativa é que o partido peça o adiamento da votação da reforma tributária e, tendo o pedido negado, encaminhe o voto contra a proposta. Entretanto, não haverá punições para deputados que votarem a favor e a probabilidade é de que entre 20 e 30 deputados do PL, de um total de 99, votem pela reforma.
***
O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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