PF busca mais provas e aposta em delações em série contra Bolsonaro
O colunista do UOL Tales Faria afirmou durante o programa Análise da Notícia que delações do ex-diretor geral da PRF Silvinei Vasques, do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e da ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça Marília Alencar podem complicar a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
PF busca mais provas e aposta em delações em série contra Bolsonaro.
Tales Faria
Polícia Federal aposta em novas provas contra Bolsonaro. Investigadores da PF acreditam que irão aparecer mais provas contra Bolsonaro e Anderson Torres do que aquelas já reveladas na operação contra Silvinei Vasques.
Contra Silvinei, as evidências já são mais do que suficientes. E Anderson Torres também está bastante encrencado, mas a expectativa é de que apareçam novas provas contra Bolsonaro durante as investigações e depoimentos.
PF age com cautela e quer mais informações. Integrantes da CPMI do dia 8 de janeiro acreditam que já há provas suficientes contra o ex-presidente, mas a PF quer mais informações que atestem definitivamente o envolvimento de Bolsonaro no episódio das operações feitas pela PRF no 2º turno das eleições presidenciais para atrapalhar a votação em redutos eleitorais de Lula.
Investigadores apostam em delações e estratégia de Bolsonaro é frágil. Investigadores da PF acreditam que logo irão aparecer delações, uma vez que a estratégia de Bolsonaro é fraca.
O ex-presidente nega que tenha envolvimento ou conhecimento das operações e sempre joga a culpa para seus subordinados, que estão abaixo. Se Silvinei, Anderson Torres e Marília Alencar sentirem que estão sendo abandonados pelo chefe, não é impossível que resolvam falar e aconteçam delações em série.
Anderson Torres adotou mesma estratégia que Bolsonaro. O ex-ministro da Justiça Anderson Torres adotou a mesma estratégia que Bolsonaro ao "jogar a culpa para baixo".
Ele afirmou não ter conhecimento da planilha com os locais onde Lula tinha o maior percentual de votos e acabou jogando a responsabilidade para Marília Alencar. Ele chegou a afirmar que não encomendou a planilha e tampouco achou ela útil.
Jogar a culpa para baixo é uma estratégia perigosa e não é impossível que, além das provas, surjam delações que abasteçam novas provas.
Tales Faria
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