Os sionistas e os muçulmanos radicais defendem o pior: que a guerra é santa
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou na semana passada: "Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade."
Eu pergunto: o que é agir "em conformidade"? É agir também como animais?
Gallant comanda o tal cerco total à Faixa de Gaza promovido pelo governo de Israel há anos.
Agora, após o atentado terrorista do Hamas, no dia 7 deste mês, Gallant anunciou que não entra mais nada na região. Nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás.
"Tudo bloqueado", ele disse.
No lado dos radicais muçulmanos, o grupo islâmico Hezbollah, do Líbano, e o governo do Irã deram parabéns ao ataque Hamas. Os dois aliados da organização terrorista disseram que o grupo tinha "o apoio divino" para realizar a ação.
Pois é. O ponto chave desses conflitos no Oriente Médio é esse: o apoio divino que radicais sionistas e mulçumanos acreditam ter. Eles defendem o pior dos mundos: uma guerra santa.
Para fazer um paralelo aqui no Brasil, temos radicais das igrejas neopentecostais que acreditam que as denominações de base africana são coisa do Diabo.
Aí a gente vê templos de umbanda serem destruídos, com pais de santo agredidos em nome de um pretenso "ato divino".
Imaginemos se no Brasil metade, ou 10%, ou 20% da população pensasse que poderia destruir os umbandistas? Onde estaria este país? Onde estaríamos agora?
O pior é que chegamos perto. Tivemos aqui um presidente que não achava nada de anormal atacar templos umbandistas.
Lembro o que me disse certa vez o falecido rabino Henri Sobel: "Tales o pior dos mundos são os fundamentalistas. Eles não admitem o pensamento diferente."
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro mais longevo de Israel, é um fundamentalista que levou país a essa situação
Também há muitos fundamentalistas entre os líderes palestinos, como no caso do Hamas.
Enquanto o Oriente Médio for liderado por fundamentalistas assim, não haverá solução para as constantes carnificinas na região.
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