Quem seria o ditador do Brasil?, diz Flávio Bolsonaro sobre plano de golpe
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou ao UOL que o plano de golpe de Estado revelado pela Polícia Federal era "um crime impossível".
"Quem ia ser o ditador do Brasil? Qual ia ser a função de cada um? Iam negociar com quem? Tinham braço armado, tinham forças armadas, tinham forças auxiliares ao seu lado? Não tinha nada", disse Flávio à coluna.
É uma viagem de alguém que usou droga pesada. Simplesmente é inexequível aquilo que foi cogitado. Se foi cogitado, é inexequível.
Flávio Bolsonaro, senador
Para o parlamentar, a tese de "golpe dentro do golpe" não faz sentido. Nada do que foi revelado pela PF faz sentido para ele.
Em quase 900 páginas de relatório, a Polícia Federal juntou provas da trama golpista. Foram descobertos documentos com planos de golpe e de assassinato de autoridades, alguns dos quais foram inclusive impressos.
Um documento previa a instalação de um Gabinete Institucional de Gestão de Crise após a consumação do golpe, que seria comandado pelos generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.
Investigadores chegaram a cogitar um golpe dentro do golpe que poderia tirar a autoridade de Jair Bolsonaro para assumir no lugar dele um general, a patente mais alta da carreira do Exército.
Braga Netto soltou uma nota em que não nega ter ajudado a planejar o golpe, mas rechaça a "tese fantasiosa e absurda" do "golpe dentro do golpe".
A declaração foi muito criticada inclusive nos círculos bolsonaristas.
Em entrevista nesta quarta-feira (4), o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, comentou a trama golpista. Sem citar o nome de Braga Netto, afirmou que "um disse lá 'golpe a gente ia dar, mas golpe dentro do golpe não'".
Flavio Bolsonaro disse que tudo é "uma maluquice sem tamanho, sem pé nem cabeça".
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