Alckmin não se tornou prefeito de Pindamonhangaba após morte de antecessor
Ricardo Espina
Colaboração para o UOL
17/12/2024 14h13
É falso que o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), tenha virado prefeito de Pindamonhangaba (SP) após suposta morte de um antecessor. Posts com o conteúdo falso insinuam que ele só assumiu cargos políticos depois que os titulares morreram. A desinformação ocorre em meio às notícias sobre a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em 1976, ele concorreu e foi eleito prefeito da cidade paulista, embora tenha assumido o governo do estado de São Paulo após a morte de Mário Covas, em 2001.
O que diz o post
"Foi vice-prefeito de Pindamonhangaba. O prefeito morreu, ele assumiu a Prefeitura. Foi vice-governador de São Paulo. O governador morreu, ele assumiu o Governo do Estado. Está vice-presidente do Brasil... Não nos decepcione, Alckmin!!", diz o texto da publicação.
Uma imagem feita com o rosto de Alckmin, usando uma faixa verde e amarela e esfregando as mãos, completa a publicação.
Por que é falso
Alckmin disputou e foi eleito prefeito de Pindamonhangaba. Diversas reportagens sobre a trajetória política de Alckmin (aqui, aqui e aqui) relatam que ele se filiou ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro) em 1972, quando tinha 19 anos e iniciava o curso de Medicina. Naquele ano, tornou-se o vereador mais votado de Pindamonhangaba, sua cidade natal, além de ter sido presidente da Câmara Municipal. Em 1976, candidatou-se à prefeitura. Venceu como o prefeito mais jovem da história da cidade do interior paulista.
Alckmin assumiu governo de São Paulo após morte de Mário Covas. Em 2001, o então governador Mário Covas se licenciou do cargo e ficou internado no Incor (Instituto do Coração). Ele morreu em 6 de março, aos 70 anos, por falência múltipla dos órgãos em decorrência de um câncer na bexiga (aqui e aqui). Vice, Alckmin assumiu o cargo automaticamente. Ele ocupava o posto de forma interina desde 22 de janeiro, quando Covas se licenciou (aqui).
Lula recebeu alta após passar por cirurgia de emergência. O presidente deixou o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no último domingo (15) (aqui). Ele havia sido internado na madrugada de 10 de dezembro, passando por uma cirurgia de emergência para drenagem de uma hemorragia cerebral (aqui). O sangramento teve relação com o acidente doméstico que sofreu ao cair no banheiro do Palácio do Alvorada, em outubro (aqui). O petista não se licenciou do cargo e sancionou algumas leis digitalmente do hospital. Lula deve permanecer em São Paulo até quinta-feira (19).
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