Relatos de violência contra a mulher crescem mais de 22% em 2008
A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) registrou aumento de 22,3% nos relatos de violência recebidos pela Central de Atendimento à Mulher em 2008 em relação ao ano anterior. Foram 24.523 chamados em 2008 e 20.050 em 2007. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (12).
A central de atendimento registrou quase 270 mil atendimentos (que engloba informações, relatos de violência, reclamação, entre outros) entre janeiro e dezembro de 2008 - um aumento de 32% em relação a 2007. Destes, mais de 117 mil eram solicitações de informação sobre a Lei Maria da Penha, aplicada em casos de violência à mulher. O número representa um crescimento de 245% em relação ao ano anterior.
Segundo a SEPM, diversos fatores contribuíram para o crescimento, entre eles a maior divulgação da lei e a capacitação das atendentes da central de atendimento.
Entre os relatos de violência, 52,5% foram registrados como lesão corporal leve, 26,5% como ameaça e 5,9% como difamação. Estupro corresponde a 1,2% e violência patrimonial a 1,9%. Quase todas as agressões foram identificadas como violência doméstica (94,1%).
Em mais da metade dos casos, o autor da agressão era o cônjuge da denunciante (63,2%). Os amigos representam 3,5% dos autores, e o pai, 0,8%. Em 64,9% das ligações, o serviço constatou que as agressões eram feitas diariamente.
Perfil
O balanço também mostra o perfil da mulher que ligou para o 180: negra (39,2%), tem entre 20 e 40 anos (53,2%), é casada (24,8%) e cursou parte ou todo o ensino fundamental (33,3%).
O campeão de ligações foi o Distrito Federal, com 351,9 atendimentos para cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar está São Paulo (220,8) e, em terceiro, aparece o Estado de Goiás (162,8).
O serviço da SEPM (ligue 180) funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. A central de atendimento foi implantada em novembro de 2005.
Relatos de violência
Ameaça | 26,5% |
Assédio moral (trabalho) | 0,1% |
Assédio sexual (trabalho) | 0,1% |
Atentado violento ao pudor | 0,4% |
Calúnia | 0,9% |
Cárcere privado | 0,7% |
Difamação | 5,9% |
Estupro | 1,2% |
Exploração sexual | 0,2% |
Homicídio | 0,1% |
Injúria | 1,9% |
Lesão corporal grave | 3,2% |
Lesão corporal gravíssima | 0,5% |
Lesão corporal leve | 52,5% |
Neglicência | 0,1% |
Perseguições | 3,0% |
Tentativa de homicídio | 1,1% |
Violência patrimonial | 1,9% |
A central de atendimento registrou quase 270 mil atendimentos (que engloba informações, relatos de violência, reclamação, entre outros) entre janeiro e dezembro de 2008 - um aumento de 32% em relação a 2007. Destes, mais de 117 mil eram solicitações de informação sobre a Lei Maria da Penha, aplicada em casos de violência à mulher. O número representa um crescimento de 245% em relação ao ano anterior.
Segundo a SEPM, diversos fatores contribuíram para o crescimento, entre eles a maior divulgação da lei e a capacitação das atendentes da central de atendimento.
Entre os relatos de violência, 52,5% foram registrados como lesão corporal leve, 26,5% como ameaça e 5,9% como difamação. Estupro corresponde a 1,2% e violência patrimonial a 1,9%. Quase todas as agressões foram identificadas como violência doméstica (94,1%).
Em mais da metade dos casos, o autor da agressão era o cônjuge da denunciante (63,2%). Os amigos representam 3,5% dos autores, e o pai, 0,8%. Em 64,9% das ligações, o serviço constatou que as agressões eram feitas diariamente.
Perfil
O balanço também mostra o perfil da mulher que ligou para o 180: negra (39,2%), tem entre 20 e 40 anos (53,2%), é casada (24,8%) e cursou parte ou todo o ensino fundamental (33,3%).
O campeão de ligações foi o Distrito Federal, com 351,9 atendimentos para cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar está São Paulo (220,8) e, em terceiro, aparece o Estado de Goiás (162,8).
O serviço da SEPM (ligue 180) funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. A central de atendimento foi implantada em novembro de 2005.
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