Glauco era "desencanado de escolas e ideologias", diz Laerte
Amigo de longa data do quadrinista Glauco (assassinado hoje, em Osasco-SP), Laerte define o pai do personagem Geraldão como um artista "desencanado de escolas e ideologia"s.
"Glauco é uma espécie de Garrincha, um talento intuitivo", diz Laerte. "Ele era totalmente desencanado com escolas e ideologias: atuou em contextos políticos, religiosos e de entretenimento quase sempre da mesma forma."
Laerte vê no trabalho de Glauco uma forte influência do mineiro Henfil, criador da Graúna. "Glauco é um herdeiro do traço e da forma como o Henfil trabalhava, de fazer um grafismo rápido ligado a uma ideia prática. É um humor de resultado - e ele era muito bom nisso."
Para analisar o trabalho de Glauco, Laerte lembrou uma observação feita por Toninho Mendes, que editou HQs tanto do Glauco como do próprio Laerte: "Toninho comparou o Glauco uma vez a Jorge Ben e Garrincha: são três tipos de artistas que fazem o que vem à cabeça. Eles têm uma forma muito pessoal de trabalhar, por prazer."
Sobre o personagem Faquinha, do Glauco, cujas histórias eram ambientas em uma favela, Laerte vê uma preocupação do autor menos com a violência e mais com a infância carente. "Glauco sempre teve essa preocupação com a infância abandonada", conta.
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