Número de mortos no Nordeste por conta das chuvas chega a 51
Subiu para 51 o número de mortos por causa das chuvas que atingem os Estados de Pernambuco e Alagoas. Segundo o último balanço divulgado pela Defesa Civil alagoana, 34 pessoas morreram desde o final de semana.
Além disso, o órgão de Alagoas divulgou que a estimativa de desaparecidos em todo o Estado caiu para 76. No início da tarde, a Defesa Civil havia dito que o número havia caído de 607 para 135. Já no início da semana, no primeiro balanço após as enchentes, o órgão chegou a afirmar que mais de mil pessoas estavam desaparecidas.
A redução ocorreu, segundo a Defesa Civil, porque as prefeituras de cidades atingidas retificaram o número de desaparecidos. Além disso, a Secretaria Nacional de Defesa Civil enviou profissionais aos municípios para confirmar e corrigir os dados sobre desaparecidos.
As operações de busca em Alagoas estão sendo feitas nas cidades de São José da Lage, Branquinha, União dos Palmares, Murici, Rio Largo e Santana do Mundaú por 12 militares do Exército, 14 bombeiros e seis cães farejadores. Nos próximos dias, chegam a Alagoas 30 bombeiros de São Paulo e 12 do Rio de Janeiro, além de seis toneladas de equipamento e mais dois cães farejadores.
Somente em Alagoas, mais de 47 mil pessoas estão desalojadas e buscaram abrigo na casa de amigos e parentes.
De acordo com o último levantamento da Defesa Civil, há também 26.618 desabrigados, que foram encaminhados para abrigos públicos. No total, as chuvas e as inundações causaram algum tipo de prejuízo a mais de 180 mil pessoas.
Ao menos 28 municípios foram atingidos, dos quais 15 decretaram estado de calamidade pública e quatro estão em situação de emergência. Permanecem sem abastecimento de água as cidades de Branquinha, Murici, Paulo Jacinto, Capela e Jacuípe.
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Lula sobrevoa a áreas atingidas em Pernambuco
Lula compara enchentes no NE a terremoto no Haiti
Após sobrevoar e visitar as cidades atingidas pelas enchentes em Alagoas e Pernambuco nesta quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o cenário que viu ao estrago provocado pelo terremoto que atingiu o Haiti no início deste ano.
“São tragédias quase que semelhantes. Sobrevoei o Haiti de helicóptero e depois desci, e fiz o mesmo aqui. Para sentir o drama, tem que estar lá embaixo, pisar no barro, sentir o cheiro, ver as lágrimas”, afirmou o presidente.
Lula disse também que o governo federal pretende retirar definitivamente as famílias da região afetada que vivem em margens de rios, áreas suscetíveis a inundações.
“Não vamos construir casa no mesmo lugar que a enchente pegou. Ficamos procurando culpados, mas a verdade é que 80 anos atrás essas pessoas construíram casas em lugares inadequados. Vamos procurar locais mais altos para reconstruir e garantir que as pessoas não sejam vítimas da chuva”, afirmou.
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