Sobe para 54 o número de mortos pelas chuvas no NE; 26 cidades estão em calamidade pública
As mortes de uma criança de dois anos em um deslizamento no Recife e de um homem de 37 em uma enxurrada em Gameleira (PE), ocorridas nesta segunda-feira (28), elevaram para 54 o número de mortos em decorrência das chuvas que atingiriam os Estados de Pernambuco e Alagoas nos últimos 10 dias. São 20 mortes em Pernambuco e 34 em Alagoas. No total, 26 municípios decretaram estado de calamidade pública --14 em Alagoas e 12 em Pernambuco.
Vítimas da enchente de 1988 vivem em presídio abandonado e esperam por casa
Maria do Carmo, 57, vai abrigar a irmã que perdeu a casa com a enchente da semana passada; ela vive no presídio que serve de abrigo para cerca de 100 famílias que ficaram desabrigadas pela enchente do rio Mundaú desde 1988 na zona rural
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A penúltima morte confirmada foi de um homem de 73 anos em Maraial (PE), que também foi vítima de um deslizamento, de acordo com a Defesa Civil Estadual.
Em Pernambuco, o número de desabrigados --aqueles que perderam tudo e precisam de abrigos público-- é de 26.966 e o de desalojados-- aqueles que podem contar com a ajuda de vizinhos e familiares-- é de 55.643. O total de casas que foram danificadas ou destruídas subiu de 11.748 para 14.136. Cerca de 4.478 km de estrada também ficaram comprometidas, assim como 142 pontes.
Os funcionários públicos das cidades pernambucanas atingidas pelas enchentes vão receber o 13º antecipado, segundo informações do governo. O pagamento será feito na próxima sexta-feira. O governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), anunciou a antecipação do pagamento integral do 13º salário para os servidores estaduais moradores das 12 cidades em estado de calamidade pública.
Segundo dados da Secretaria de Administração, cerca de 5,5 mil servidores estaduais ativos e inativos residem nestas cidades. A soma dos seus salários chega a R$ 10 milhões.
Tragédia alagoana
Em Alagoas, 36 pessoas morreram por conta das enchentes. Segundo a Defesa Civil do Estado, 76 permanecem desaparecidos. Há, no Estado, quase 48 mil desalojados, que tiveram que sair de casa e se hospedar em casa de amigos e parentes.
Além dos desalojados, são mais de 26 mil pessoas desabrigadas que foram encaminhadas a abrigos públicos. A Defesa Civil contabiliza ainda 6.242 deslocados, que migraram da área afetada pelo desastre para outro local.
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Das 28 cidades afetadas em Alagoas 14 decretaram estado de calamidade pública e quatro estão em situação de emergência.
Ao menos 28 municípios foram atingidos, dos quais 15 decretaram estado de calamidade pública e quatro estão em situação de emergência. Permanecem sem abastecimento de água as cidades de Branquinha, Murici, Paulo Jacinto, Capela e Jacuípe.
Ao menos 28 municípios foram atingidos, dos quais 15 decretaram estado de calamidade pública e quatro estão em situação de emergência. Permanecem sem abastecimento de água as cidades de Branquinha, Murici, Paulo Jacinto, Capela e Jacuípe.
Hospital do Exército
A partir desta semana, o Exército reforçará o Hospital de Campanha para aumentar a assistência médica aos atingidos. A nova estrutura se unirá ao Hospital de Campanha da Aeronáutica, que atendeu 845 pessoas nos quatro primeiros dias de atendimento em Barreiros (PE).
A estrutura do Exército será dividida em duas, com um módulo a ser instalado em Palmeiras (PE) e outro em Branquinhas (AL). O Exército participa da distribuição de água, alimentos, e medicamentos, com caminhões e helicópteros e está trabalhando na reconstrução emergencial de rodovias.
Uma ponte já foi reconectada com ajuda dos militares em Água Preta (PE), e no dia 6 de julho deverá ser restabelecido o tráfego no Km 18 da BR 416. Já a ponte do Km 81da BR 101, somente voltará a ter tráfego dentro de 45 dias.
Cidades que decretaram calamidade pública
*Com informações da Agência Estado
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