Governo federal quer "atropelar" burocracia para agilizar reconstrução de casas destruídas no Nordeste
O chefe de gabinete da presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quarta-feira (30), em Maceió (AL), que é preciso “atropelar” os trâmites burocráticos para acelerar a reconstrução das casas destruídas pelas chuvas e enchentes em Pernambuco e Alagoas. Ele está em Alagoas para discutir ações com secretários do governo estadual e orientar sobre as medidas que estão sendo tomadas pelo governo federal.
“O pior que pode acontecer agora é permitir que a reconstrução entre nos descaminhos do que chamamos de gerundismo governamental, que é aquela historia terrível, na área de governo, de que 'estamos fazendo', 'estamos realizando', que mais parece telemarketing, mas nunca nada é concretizado”, explicou.
Carvalho deixou claro que teme que os governantes locais abandonem as famílias num segundo momento. “Minha preocupação é que, passado o susto, o momento inicial, o foco passe a ser outra coisa e assim exista uma demora enorme em atender essas pessoas. Ai de nós se entrarmos na indiferença. Isso não pode ocorrer. Não pode é, daqui a uma semana, voltarmos para nossas casas e permitirmos que o povo fique muito tempo nesse sofrimento”, disse.
Para ele, é importante a participação dos órgãos de controle dos gastos públicos, como os tribunais de contas, para que eles vejam que “a situação é de exceção”. “O governo pernambucano convidou o pessoal do tribunal de contas local e nacional para visitar as áreas e para que se dê conta da situação. Nós temos que saber se estamos em uma situação de exceção. Se o governo federal faz tantas concessões para os grandes investimentos, isenta tanto imposto, não é possível que não possamos tomar medidas de emergência, de exceção, para atender a quem mais precisa. É preciso estudar rapidamente quais medidas serão adotadas para que nada nos detenha de cumprir essa tarefa de reconstruir as casas”, afirmou.
Nesta terça-feira, Carvalho visitou vítimas das enchentes em vários municípios atingidos no Estado. Para ele, é necessário uma atenção especial com a situação dos abrigos. “Nós sabemos que oito, dez dias as pessoas aguentam viver lá. Mas depois, bate o desespero. Estamos estudando medidas, procurando ajudar de todo modo, através de barracas, mas a solução das casas são longos meses de espera até que fiquem prontas. Precisar ver alternativas”, afirmou.
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