Justiça decreta prisão de acusado de matar ex de Bruno, que está foragido
A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG), decretou a prisão temporária de Marcos Aparecido Santos, conhecido como Bola ou Paulista, apontado como quem estrangulou a ex-namorada do goleiro Bruno do Flamengo.
Em entrevista coletiva na tarde desta quinta (8) o delegado Edson Moreira, que conduz as investigações do desaparecimento de Eliza Samudio em Minas Gerais, disse que Paulista já é considerado foragido e está sendo procurado pela polícia.
Santos é ex-agente da Polícia Civil de MG, tem 45 anos, adestrava cães e dava cursos de sobrevivência. Ontem, dez cães foram apreendidos na casa do suspeito, em Vespasiano (região metropolitana de Belo Horizonte), onde o assassinato teria sido cometido.
O advogado de Paulista esteve nesta tarde no Departamento de Investigação de Belo Horizonte e afirmou que seu cliente é inocente. “Meu cliente é inocente e está à disposição da Justiça”, disse o advogado Roberto de Assis Nogueira. “Assim que for chamado, ele irá se apresentar.”
“O Bruno estava lá dentro da casa e via a mulher com a cabeça toda estourada e acompanhou a ida de Eliza para o sacrifício”, disse Moreira, que classificou o ex-policial como um “especialista em matar”.
Adolescente conta detalhes da morte
A polícia mineira elucidou 80% do caso do desaparecimento de Eliza, afirmou mais cedo o delegado. Segundo ele, o crime foi “premeditado, planejado e friamente executado”. O goleiro se entregou à polícia ontem após ter tido a prisão temporária decretada em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Ele está preso junto de um amigo, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, na unidade de Bangu 2, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Indiciamento e denúncia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta quinta que o inquérito que apurou o crime de sequestro no caso do desaparecimento de Eliza está concluído e indicia o goleiro como mandante. O relatório pode ser entregue ainda hoje ao Ministério Público.
Macarrão e o adolescente de 17 anos, apreendido após prestar um depoimento que mudou os rumos da investigação, foram indiciados como executores. Em seguida, o MP vai decidir se apresenta denúncia à Justiça.
O Ministério Público do Rio de Janeiro também denunciou o goleiro e Macarrão pelos crimes de sequestro/cárcere privado e de lesão corporal, pelos crimes cometidos em outubro de 2009, quando os dois sequestraram Eliza e tentaram forçá-la a abortar. A peça será analisada pelo Judiciário e, se recebida, ambos se tornam réus em ação penal pelos crimes.
Já o inquérito de Minas Gerais ainda não foi concluído.
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