Mulher de Bruno sofreu ameaças de detentas em penitenciária de MG, diz advogado
O advogado Ércio Quaresma Firpe, que representa Dayanne de Souza, mulher do goleiro Bruno do Flamengo, afirmou que sua cliente sofreu ameaças de outras detentas na penitenciária Estevão Pinto, em Belo Horizonte, e por isso teve de ser conduzida a uma cela individual. Ela é acusada pela polícia de envolvimento no sumiço de Eliza Samudio, ex-amante de Bruno.
Após autorização de prisão temporária expedida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG), ela foi presa ontem (7), em casa, e passou a noite na penitenciária feminina.
Segundo Firpe, a esposa de Bruno não conseguiu “regalias”, mas apenas garantia contra agressões. De acordo com ele, a própria cúpula da Subsecretaria de Administração Prisional de Minas Gerais sugeriu a medida diante da repercussão do caso. Ainda conforme o advogado, existe a mesma preocupação em relação ao jogador, que se entregou ontem à polícia do Rio de Janeiro juntamente com o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como “Macarrão”.
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“Presas teriam dito que iriam linchá-la. E essa preocupação já me chegou em relação ao Bruno e ao Macarrão”, disse, para acrescentar em seguida que não dialogou com a cliente, desde então.
Firpe disse ainda que vai entrar com pedido de habeas corpus para a soltura de Dayanne. Ele alega não ter se inteirado do teor do inquérito policial sobre a cliente.
“Estou indo agora para o Departamento de Investigações para tentar ter acesso ao inquérito”, disse.
Firpe também é advogado de Macarrão e mais três suspeitos de envolvimento no caso. Do amigo do goleiro, Quaresma afirma ter ouvido negativas sobre o envolvimento na morte de Eliza Samudio.
"Eu perguntei a ele: você finalizou a moça? [Ele respondeu] Não. Você contribuiu, participou, pagou alguém para finalizar a moça? [Ele respondeu] Não", afirmou.
Quaresma deu a entender que poderá defender o goleiro Bruno em Minas Gerais, para onde ele e Macarrão podem ser transferidos ainda hoje.
Os mandados de prisão foram decretados em dois Estados. No RJ, a temporária de cinco dias foi decretada pela juíza Fabelisa Gomes de Souza pelo crime de sequestro contra Bruno e Macarrão. Já em Minas a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues autorizou sete prisões temporárias, com duração de 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
Os pedidos de prisão foram feitos depois que um adolescente afirmou em depoimento que participou do sequestro e morte de Eliza, junto de Macarrão. O menor disse ter dado uma coronhada na cabeça da vítima com uma pistola que pertenceria ao comparsa. Em razão do depoimento, sua internação provisória também foi determinada pela Justiça.
Em nota oficial, o Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que, em seu depoimento à polícia, o adolescente disse que Eliza foi morta por estrangulamento.
Prisões
Ainda são alvos dos mandados de prisão Flávio Caetano Araújo, Wermerson Marques de Souza, conhecido como Coxinha, Elenílson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Salles Camilo.
O advogado disse que “no momento oportuno”, os outros clientes que representa, excluindo-se apenas Sérgio, serão apresentados à polícia, mas que não “há pressa” em fazê-lo.
“Daqui a pouco eu apresento os três. Todos eles têm emprego fixo, residência fixa, então não tem motivo para prendê-los. O mandado é claro ao afirmar que a prisão [poderá ser feita em] é 30 dias”, afirmou.
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