Suspeito de matar Eliza treinava policiais em sítio em MG
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola ou Paulista, apontado pela polícia como quem estrangulou Eliza Samudio, dava aulas a policiais em seu sítio em Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte. Ele está preso pela morte da ex-namorada do goleiro Bruno, do Flamengo.
Em vídeo de 2008 obtido pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, Bola, mesmo exonerado da polícia, aparece treinando membros do Grupo de Resposta Especial (GRE) de Minas Gerais no sítio. Bola também é suspeito de participar de um grupo de extermínio.
Segundo reportagem do jornal “O Tempo”, de MG, o número de alunos variava entre 60 e cem, e cada um pagaria R$ 300 por três dias de curso. Os agentes recebiam um certificado validado pela Academia da Polícia Civil (Acadepol). Inquérito deve ser instaurado na Corregedoria para investigar o caso.
À polícia, o advogado de Bola afirma que seu cliente não conhece Bruno. “Ele não conhece o Bruno, não conhece a Eliza. Ele não conhece ninguém”, afirmou o Rodrigo Braga na última quinta, quando seu cliente foi preso.
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Suposto executor tem ligações suspeitas com a polícia
O principal suspeito de assassinar e ocultar o corpo de Eliza Samudio, Bola foi identificado no ano passado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas como um homem "programado para matar" e cujos serviços costumavam ser requisitados por policiais.
De acordo com o presidente da Comissão, deputado Durval Ângelo (PT), embora tenha sido excluído em maio de 1992, Bola se apresentava como policial civil e mantinha "muitos tentáculos" na corporação até ser preso.
Esta semana, a comissão cobrará formalmente agilidade da Corregedoria-Geral de Polícia Civil nas investigações que apuram a denúncia sobre a atuação de uma suposta organização de extermínio no GRE. O esquema foi levado pelo então inspetor do GRE, Júlio Monteiro, à Comissão, que o denunciou à Corregedoria em maio de 2009.
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