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Justiça determina que oito supostos integrantes do PCC sejam levados a júri em SP

Especial para o UOL Notícias<BR>Em São Paulo

13/09/2010 22h13

O Tribunal de Justiça de São Paulo mandou a júri popular nesta segunda-feira (13) oito pessoas acusadas da morte de Wellington Rodrigues Segura, ex-diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mauá, na Grande São Paulo. Os réus também são apontados como integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e são acusados de agir a mando da direção da organização criminosa.

A defesa entrou com recurso contra a decisão que mandou David Borges da Silva Pereira, o Baiano, e Luciano Pereira, o Shampoo, a júri popular, na 2ª Vara do Fórum de Mauá. Eles e os outros réus respondem pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. O processo corre em segredo de justiça porque há testemunhas protegidas e grampos telefônicos. O júri está previsto para outubro deste ano.

A vítima, que comandava o CDP desde fevereiro de 2006, foi assassinada a tiros pouco depois de deixar o trabalho, no dia 26 de janeiro de 2007. Segundo denúncia do Ministério Público, Segura foi atingido por 22 disparos. O diretor era conhecido pelo rigor e teria sido morto por vingança.

Ainda de acordo com a denúncia, os envolvidos mataram o diretor para que fossem perdoados pelo alto comando do PCC, já que, dias antes do assassinato, perderam um fuzil pertencente à facção durante uma tentativa de assalto a um policial.

"Em razão disso, estes integrantes do PCC contraíram uma dívida com o Comando Geral da organização criminosa. Exatamente pelo fato de se encontrarem endividados, somente seriam perdoados caso praticassem o homicídio", afirma a denúncia do MP.

Também foram denunciados José Cláudio Lealbino (vulgo Carrefour), Adriano Nogueira Leite (Adrianinho), Maurício José de Santana (Sequestro), Fábio Aparecido de Almeida (Magrelo), Ricardo de Paula Ferreira (Ricardo R), além de Baiano e Shampoo.

Os tiros disparados pela quadrilha também feriram Marilene Maria da Silva Lima, funcionária do presídio que estava no mesmo carro de Segura. Ela sobreviveu ao ataque, apesar dos quatro tiros recebidos.