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PF prende quadrilha que vendia 1 tonelada de cocaína por mês em 3 Estados

Especial para o UOL Notícias

Em Porto Alegre

23/09/2010 11h45Atualizada em 23/09/2010 15h07

A Polícia Federal do Rio Grande do Sul prendeu na manhã desta quinta-feira (23) integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas que comercializava uma tonelada de cocaína no Estado, em cidades de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul.

Foram presas preventivamente 18 pessoas. Batizada de Operação Espelho, a ação da polícia apreendeu também 3,5 kg de cocaína, seis armas (entre elas, um fuzil), R$ 46,8 mil e 25 carros e motos.

Mais de 200 policiais participaram da ação, que tinha 19 mandados de prisão e outras 26 ordens de busca e apreensão autorizadas pela Justiça. Dois suspeitos de integrarem a quadrilha estão foragidos.

No Rio Grande do Sul, foram cumpridos mandados em Caxias do Sul, Porto Alegre, Viamão e Tramandaí. A operação contou também com ações em Santa Catarina, nas cidades de Balneário Camboriú e Araranguá, e no Mato Grosso do Sul em Ponta Porã e Mundo Novo.

A quadrilha, de acordo com as investigações, tem vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa formada por traficantes de São Paulo. Os criminosos ingressavam com a droga no Brasil pela cidade de Ponta Porã (MS). Dali, a cocaína era armazenada num sítio em Torres, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Do sítio, a droga era distribuída para Caxias do Sul, Porto Alegre e fronteira oeste do Rio Grande do Sul, além de várias cidades do litoral de Santa Catarina. Os traficantes escondiam a cocaína em tonéis de plástico, que eram enterrados no local.

Um dos presos, capturado em Balneário Camboriú (SC), é apontado pela PF como o líder da quadrilha. Ademar Fracalossi, conhecido como Batista, já havia sido preso em setembro de 2007 durante a Operação Colméia, mas acabou liberado pela Justiça Federal.

Fracalossi, que também atuava ilegalmente em rinha de galos, ficou detido por oito meses no presídio central de Porto Alegre. Como não foi julgado, acabou liberado por decisão da Justiça. Segundo a PF, ele reorganizou a quadrilha a partir do final de 2009.

As investigações começaram em dezembro do ano passado, quando a polícia encontrou 262 quilos de cocaína e de produtos químicos adulterantes que estavam enterrados na área do sítio. Outras ações foram realizadas desde então, com a apreensão total de 310 quilos da droga.