Ponte volta a funcionar, mas trânsito ainda é lento em Porto Alegre

Depois de quase cinco horas e de um engarrafamento que chegou a 15km na BR-290, a travessia do Guaíba, que liga Porto Alegre ao sul e oeste do Estado, foi normalizada às 13h45 desta sexta-feira (1º).

Uma pane no sistema elétrico no freio do vão móvel da ponte provocou transtornos também na BR-116 e em algumas avenidas da capital. O vão, que foi içado por volta de 9h15 para a passagem de navios, travou e impediu a ligação rodoviária com Porto Alegre.

Mesmo com a retomada do tráfego, o trânsito continua lento em vias centrais da capital, como as avenidas Castelo Branco, Farrapos, Sertório e Voluntários da Pátria.

A ponte parou na altura de dez metros. A Concepa, que administra a travessia, decidiu baixar a ponte de forma manual, por meio de uma manivela instalada na parte inferior da construção. Além de 10 funcionários da concessionária, soldados do Corpo de Bombeiros foram chamados para ajudar a girar a ferramenta.

Além disso, uma lancha do Grupamento de Busca e Salvamento da Brigada Militar fez a travessia de técnicos para que eles façam a manutenção adequada que permita recolocar o vão móvel no lugar.

Às 13h30, segundo os técnicos da concessionária, faltavam ainda sete metros para que a travessia pudesse ser normalizada. Inicialmente, a previsão era de liberar a ponte até o meio-dia, mas durante uma hora de trabalho a equipe conseguiu reduzir em apenas um metro a distância da elevada para o chão.

Quando o trânsito voltou a fluir, um caminhão sofreu uma pane mecânica a cerca de 200 metros do vão móvel no sentido da Freeway para a zona Sul do Estado, deixando uma pista bloqueada e complicando a retomada do fluxo de veículos.

Durante as mais de cinco horas em que os carros ficaram parados na via, pelo menos oito pacientes foram retirados do local por um helicóptero do Grupamento Aéreo da Brigada Militar e por viaturas da Concepa, respectivamente para Porto Alegre e Eldorado do Sul.

O prefeito de Guaíba, Henrique Tavares, que não conseguiu atravessar a ponte nesta manhã, reclamou da interrupção no trânsito. “É um problema que já está começando a ficar crônico. Essa ponte está obsoleta”, disse.

Em julho, problemas em dois parafusos do vão móvel fizeram o equipamento enguiçar e causaram um megacongestionamento de mais de duas horas e meia nos dois sentidos do acesso.