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PM fica de prontidão e cancela folgas contra ataques no Rio de Janeiro

Um ônibus foi incendiado no bairro Jardim Redentor, em Belford Roxo; VEJA MAIS FOTOS - Jadson Marques/Futura Press
Um ônibus foi incendiado no bairro Jardim Redentor, em Belford Roxo; VEJA MAIS FOTOS Imagem: Jadson Marques/Futura Press

Do UOL Notícias<br>Em São Paulo

24/11/2010 10h31

No quarto dia consecutivo de ataques ao Rio de Janeiro, a Polícia Militar ordenou nesta quarta-feira (23) que todos os seus efetivos no Estado permaneçam de prontidão.

Uma determinação do comandante geral da PM, Mário Sérgio Duarte, obriga todos os policiais de folga a retornar  para seus batalhões, enquanto que os colegas que já estão trabalhando não poderão voltar para casa até segunda ordem.

Ontem, com a Operação Fecha Quartel, 1.200 policias militares deixaram de fazer serviços burocráticos para ajudarem no policiamento das ruas. Outras medidas adotadas foram a criação do Centro de Inteligência, no 22ºBPM (Maré), para monitoramento de todas as ações, e a entrada em circulação de mais de 300 novas motos para reforçar o patrulhamento.

Entre a noite de terça-feira (22) e a madrugada de hoje, a PM registrou pelo menos 16 veículos - entre carros, vans e ônibus - incendiados na capital (zonas norte e oeste), região metropolitanaa e Baixada Fluminense.

Operações

Ontem a Polícia Militar  realizou operações em 18 favelas da região metropolitana da capital para conter a violência. Pelo menos 11 pessoas foram presas e uma foi morta. Também foram apreendidos 50 quilos de maconha, 2.000 papelotes de cocaína e uma pistola.

Para a polícia, esses ataques estão sendo organizados por uma grande facção criminosa e todas as favelas são dominadas pelo mesmo grupo. Ele, no entanto, não citou o nome do Comando Vermelho. 

“A gente não tem dúvida de que é o mesmo grupo”, disse o coronel Lima Castro. “Quando iniciamos as UPPs, há dois anos, começamos a incomodar as facções, principalmente aquela que até então era dominante no Rio de Janeiro. Foi a que mais perdeu, então isso nos aponta que essas pessoas estão por trás desse movimento de causar pânico à população do Rio de Janeiro”, afirmou.