Defesa Civil do RS alerta para possível rompimento de dique em Porto Alegre
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul alertou nesta sexta-feira (3) para um possível rompimento do dique da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).
O que aconteceu
O órgão publicou nota oficial pedindo para as pessoas buscarem lugares seguros. "Alerta para risco de rompimento do dique da Fiergs, evacuem áreas de risco e busquem locais seguros".
O prefeito Sebastião Melo disse, minutos antes da postagem da Defesa Civil, que a situação está "controlada", em vídeo publicado no X (antigo Twitter). "Um pequeno transbordamento no dique que represa as águas do rio Gravataí, no Sarandi, foi contido nesta noite. Fizemos uma vistoria e fomos informados pelos engenheiros que atuam no local de que a situação está controlada."
Calamidade pública
O Rio Grande do Sul é atingido por chuvas intensas desde 24 de abril. Há pelo menos 39 mortos e dezenas de pessoas estão desaparecidas, informou a Defesa Civil. Ao todo, 265 dos 497 municípios gaúchos sofrem as consequências das fortes chuvas.
O governador Eduardo Leite (PSDB) decretou estado de calamidade pública na noite de quarta (1º). As chuvas e enchentes foram classificadas como desastres de nível 3, "caracterizados por danos e prejuízos elevados".
Em Porto Alegre, um portão do rio Guaíba rompeu na manhã desta sexta (3). A água invadiu a rodoviária de Porto Alegre e os CTs do Internacional e do Grêmio, além de ruas do centro histórico. Porto Alegre tinha 26 pontos totalmente bloqueados pelas enchentes até por volta das 18h30 desta sexta.
Chuvas deixam mortos no RS e SC
41 pessoas morreram em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul e uma, em Santa Catarina. Há dezenas de pessoas desaparecidas, centenas estão ilhadas e milhares, desabrigadas, segundo a Defesa Civil dos estados.
Eduardo Leite afirmou que o total de mortes ainda deve subir. "Infelizmente, sabemos que esses números vão aumentar", afirmou.
Ao todo, 235 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas desde o início da semana. Há 17 mil pessoas desalojadas, 7.165 em abrigos e 56 feridos, segundo o último balanço da Defesa Civil, divulgado no começo da tarde desta sexta-feira (3). No ano passado, mais de 80 pessoas morreram no estado, vítimas de três enchentes e eventos menores.
Imagens registradas por moradores e autoridades mostram casas sendo levadas pelas enchentes e pontes destruídas. O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública na quarta (1º), com prazo de 180 dias — há cidades catarinenses que também já decretaram.
Em Santa Catarina, há risco de deslizamentos em Chapecó, Concórdia e Campos Novos. A Defesa Civil estadual também afirma que pode haver elevação dos níveis dos rios.
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