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Três casas são atingidas com desabamento de prédio em Nova Friburgo (RJ); dois morrem

Foto postada no Twitter da Defesa Civil de Nova Friburgo (RJ) logo após a chegada das equipes - Defesa Civil de Nova Friburgo/Divulgação
Foto postada no Twitter da Defesa Civil de Nova Friburgo (RJ) logo após a chegada das equipes Imagem: Defesa Civil de Nova Friburgo/Divulgação

Janaina Garcia <br>Do UOL Notícias

Em São Paulo

11/01/2011 19h03Atualizada em 11/01/2011 20h33

Equipes do Corpo de Bombeiros de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, trabalham desde o final da tarde desta terça-feira (11) no bairro de Olaria, um dos mais populosos da cidade, em busca de vítimas do desabamento de um prédio de pequeno porte sobre três casas. Choveu forte na região, mas ainda não se sabe a causa do acidente. Duas pessoas morreram e um menino de 10 anos foi resgatado e passa bem.

Segundo informações do hospital municipal Raul Sertan, para onde os feridos foram encaminhados, uma menina de sete anos já chegou ao local sem vida, e um homem de 64 anos, Jurandir Francisco dos Santos, morreu durante cirurgia. Inicialmente, o hospital informou que mais uma criança havia sido internada, mas corrigiu a informação. Um menino de cerca de 10 anos também foi levado ao hospital com ferimentos leves e passa bem.

Segundo os bombeiros, o acidente aconteceu por volta das 16h. Mais de 40 homens da corporação, inclusive os que estavam de férias, segundo o setor de Comunicação da corporação, foram convocados para o trabalho. Equipes da Defesa Civil da cidade também ajudaram na operação de salvamento, feita em área de acesso difícil e que está mais prejudicada devido à chuva que atinge a região desde ontem.

Segundo os bombeiros, como não houve reclamação de desaparecidos, às 22h as equipes permaneciam no local apenas vistoriando a área.

Mais cedo, um dos primeiros bombeiros a chegar ao local, o sargento Alcimar Araújo Campos, que participou do resgate da menina de 7 anos que morreu -- "o nome dela é Ashley", ele disse --, afirmou que o cenário "era assustador". "Tinha muita laje destruída, muito barro, muita pedra, e era um local de pessoas simples. No fim, fica perigoso também para nós, pois é área de risco -- aí, toda prevenção é pouca", relatou.

Vizinhança

O UOL Notícias conversou também com uma moradora da região, a microempresária Diana Barrozo, 28. Segundo ela, os deslizamentos “são comuns” por ali.

“Principalmente no loteamento Barroso, uns 2 km próximo dessa rua [a São Roque, onde o prédio desabou], sempre tem deslizamento -- é morro, né?”, contou. Diana disse que as pancadas de chuva durante o dia assustaram os moradores, sobretudo porque, de madrugada, já havia chovido praticamente sem interrupção.