Cidade do Maranhão perde todos os vereadores, acusados de corrupção

Nove vereadores de Estreito (a 750 km de São Luís-MA) foram afastados por 180 dias após denúncia do Ministério Público estadual de que havia corrupção na Câmara Municipal.

As investigações apontam indícios do desvio de R$ 198 mil reais. Os valores desviados seriam divididos de forma igualitária entre os parlamentares.

A contadora da Câmara Municipal, que também foi afastada do cargo, atuaria na maquiagem das contas. Para o MP ela tinha a missão de justificar os desvios com uso de notas fiscais relacionadas a viagens, material de expediente e combustível.

Com a afastamento dos vereadores, em decisão tomada pela juíza Dayana Leão Reis, os suplentes devem ser convocados para assumir os cargos, o que pode ocorrer já na próxima semana.

Dentre os vereadores afastados está Edevandrio Pereira, ex-presidente da Casa. A atual presidente é Reginalva Alves Pereira, ex-tesoureira no período em que teriam ocorrido os desvios apurados pelo MP.

Os indícios de fraude foram encontrados após a quebra do sigilo bancário da Câmara. Segundo a juíza, a medida foi necessária porque havia o risco de que os acusados destruíssem as provas.

A Justiça também determinou a indisponibilidade de seus bens como forma de garantir uma futura devolução aos cofres públicos dos valores recebidos indevidamente.

Os nove vereadores acusados são Edevandrio Gomes Pereira (presidente), Reginalva Alves Pereira, Elton Pasa, José Rômulo Rodrigues dos Santos, Inocêncio Costa Filho, Eriberto Carneiro Santos, Manoel Barbosa de Sousa, Bento Cunha de Araújo e Benedito Sousa Salazar.