Bandidos "fora do baralho" na vida real ainda figuram no Baralho do Crime da Bahia

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia terá que lançar uma nova versão do recém-lançado Baralho do Crime, jogo de memória com 52 cartas que estampam a fotografia dos criminosos mais perigosos do Estado.

Menos de uma semana após o lançamento do baralho, a SSP descobriu que pelo menos nove dos 52 nomes divulgados já estão atrás das grades. Sete estão detidos em Itabuna, sul do Estado, entre eles duas mulheres, apontadas como chefes de quadrilhas.

De acordo com a assessoria de comunicação da SSP, o erro aconteceu por falha de comunicação com a Justiça, já que os bandidos tinham mandados de prisão em aberto mas estavam presos por outros crimes.

O Departamento de Polícia do Interior – Polinter - não havia sido notificado. Após constatar o erro, a SSP "carimbou" as cartas com a indicação de que eles já foram presos.

Os nomes serão substituídos por outros, seguindo a escala de periculosidade. O nome que estampa o “Ás de ouro”, por exemplo, é considerado mais perigoso que aquele que estampa a carta do Rei, e assim sucessivamente.  A expectativa é de que a nova versão do baralho, atualizada, esteja pronta na terça-feira, 14.

O "baralho do crime", como ficou popularmente conhecido o jogo de memória, faz parte do programa Pacto pela Vida, lançado na Bahia na última segunda-feira (06) com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O objetivo, conforme o secretário de Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, é incentivar as denúncias por parte da população baiana. A partir da divulgação do baralho, ele diz esperar um aumento de cerca de 50% nas denúncias.

Os rostos das novas cartas ainda não foram divulgados. Somente serão conhecidos na próxima semana.

A atualização sistemática do jogo após eventuais prisões não será complicada, pois o objetivo é mantê-lo ativo apenas na internet. O baralho não será distribuído à sociedade, funcionará hospedado no site da secretaria (www.ssp.ba.gov.br).

 A SSP deverá lançar em breve um novo endereço eletrônico para que as denúnicas também sejam feitas através da web, de forma anônima, como ocorre no disque denúncia.