CPTM ainda não decidiu se vai cumprir reajuste a trabalhadores determinado pelo TRT

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ainda não decidiu, nesta quinta-feira (16), se vai cumprir a determinação do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) de reajustar o salário de seus funcionários em quase o dobro do proposto durante a greve do início do mês.

A companhia não definiu também se vai pagar os 50% da multa de R$ 100 mil que o TRT estabeleceu pelo descumprimento da liminar que impunha o mínimo de efetivo operante em caso de paralisação. O recurso será revertido a hospitais da capital.

Já as assessorias dos três sindicatos que representam os trabalhadores –Central do Brasil, da Zona Sorocabana e dos Ferroviários de São Paulo –informaram que vão pagar os 50% restantes da multa e que aguardarão até dia 30 para marcar novas assembleias, caso a CPTM não pague o reajuste.

No julgamento do dissídio coletivo, ontem, o TRT julgou que o movimento não foi ilegal e que os trabalhadores devem receber reajuste salarial de 3,29%, mais aumento real de 3,5% sobre o salário reajustado. A proposta da CPTM era de reajuste de 3,27%; a categoria pleiteava mais de 8% --índice que o Estado aceitou pagar aos trabalhadores do Metrô, que quase pararam também os serviços.

O tribunal estabeleceu ainda que o vale-alimentação dos trabalhadores deverá ficar em R$ 18, 22 vales por mês, além do pagamento do auxílio materno infantil a partir do nascimento ou da adoção até os sete anos de idade, no valor de R$ 198,39.

A assessoria de imprensa da CPTM não definiu quando a empresa vai se manifestar sobre a decisão da Justiça do Trabalho.