MP pede suspensão de candidatura de Marçal por pagar seguidores por vídeos

O Ministério Público Eleitoral se manifestou a favor da suspensão da candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo por suspeita de abuso de poder econômico por pagar a seguidores por compartilhamento de vídeos.

O que aconteceu

Se for condenado, Marçal ficará inelegível por oito anos. A decisão de seguir ou não a recomendação da Promotoria, feita no último sábado, é da Justiça Eleitoral. Até o momento, não há manifestação no processo.

Parecer é em resposta a ação movida pelo PSB, de Tabata Amaral, sua adversária na corrida eleitoral. O partido denunciou à Justiça que seguidores de Marçal são remunerados por compartilharem trechos de vídeos do empresário, os chamados cortes, em diversos perfis no Instagram e no TikTok.

Em vídeos, Marçal incentiva seguidores a se cadastrarem em aplicativos de corte de vídeos e diz que remunera os que tiverem mais visualizações. "Deve ter aí no mínimo uns 300 alunos meus ficando ricos sem colocar a imagem deles, só pondo a minha. O que você faz? Você pega o corte de uma coisa muito forte que eu estou fazendo, lança esse corte, e se você for bem-sucedido, a minha equipe vai te chamar para uma parceria", disse o candidato durante palestra. O caso foi revelado pelo jornal O Globo.

Marçal negou que ele próprio tenha financiado os cortes, apesar das gravações com as falas. "Não há financiamento nenhum por trás disso, nem na pré-campanha nem na campanha. Isso é só uma tentativa desesperada do bloco da esquerda, MDB, PSB, PT e PSOL, de tentar frear quem realmente vai vencer as eleições. Essa manobra só reforça o medo que estão do efeito Marçal, mas eles não vão nos parar", disse ele em nota.

Ao estimular o eleitorado a propagar as mensagens eleitorais pela internet, o candidato, sem declarar a forma de pagamento e computar os fatos financeiramente em prestação de contas ou documentações transparentes e hábeis à demonstração da lisura de contas, aponta para uma quantidade financeira não declarada, não documentada e sem condições de relacionamento dos limites econômicos utilizados para o 'fomento eleitoral' de tais comportamentos, desequilibrando o pleito eleitoral.
Fabiano Augusto Petean, promotor eleitoral, em manifestação no último sábado (17)

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