Marinha resgata sétimo corpo de acidente na Bahia; trata-se de Jordana Kfuri

Foi confirmado na manhã desta terça-feira (21) que o corpo localizado por volta de 7h na praia de Curuípe, em Porto Seguro, no sul da Bahia, é de Jordana Kfuri. A vítima foi achada na areia por funcionário de uma empresa da região, que comunicou à Marinha para proceder no resgate. Jordana, mulher do empreiteiro Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, era a única das sete vítimas do helicóptero que caiu na sexta-feira,17, no  litoral de Trancoso, que ainda não tinha sido localizada.

Segundo o delegado, Ricardo Feitosa, que acompanha as investigações sobre o acidente, o corpo já está em adiantado estado de decomposição, mas familiares fizeram o reconhecimento. 

Na noite de ontem, foi localizado o corpo do empresário e piloto da aeronave Marcelo Mattoso Almeida, 48 anos. Entre as vítimas também está Mariana Noleto, namorada do filho do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), sepultada na tarde desta segunda-feira, no Rio de Janeiro.

Os corpos de Jordana e o do piloto Marcelo Almeida seguem nesta tarde para o Rio, onde deverão ser cremados. 

As outras vítimas, Fernanda Kfuri, 35, e seu filho Gabriel Kfuri, 2, foram sepultadas na tarde de domingo no cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio. O enterro foi acompanhado pelo vocalista da banda Biquíni Cavadão, Bruno Gouveia, ex-marido de Fernanda e pai de Gabriel. Também morreram Lucas Kfouri, 3, filho de Jordana, e a babá das crianças, Norma Batista de Assunção, 49, que era natural da Bahia e sepultada na sua terra natal, Teolêndia.

De acordo com a Aeronáutica, o helicóptero --modelo Esquilo, prefixo PR-OMO-- saiu de Porto Seguro (687 km de Salvador) por volta das 18h40 de sexta-feira, com destino a um resort no distrito de Trancoso. A aeronave pertencia à empresa First Class Group Administração e Participação Ltda.

O voo até o Jacumã Ocean Resort deveria levar cerca de dez minutos, percorrendo 15 quilômetros. A última visualização por radar da aeronave ocorreu às 18h57, quando ela estava distante 23 km do aeroporto, em direção ao mar. Segundo a Capitania dos Portos, havia chuva e neblina do momento do voo.

De acordo com registros da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a licença do piloto Marcelo Almeida estava vencida desde julho de 2005 e ele teria informado à torre de comando o número de registro de outro piloto, que estava com prazo de validade em dia.