MP investiga suspeita de açúcar contaminado por metal em Divinópolis (MG)
O Ministério Público (MP) em Divinópolis (124 km de Belo Horizonte) está investigando denúncias de consumidores que encontraram partículas pretas dentro de pacotes de 5 kg de açúcar na cidade.
A “sujeira” despertou a curiosidade de uma dona de casa, que teve a ideia de fazer um teste simples: encostar um imã de geladeira na embalagem. Com a ação, as pequenas partículas foram atraídas, reforçando a suspeita de que o material seja algum tipo de metal.
As suspeitas contra o açúcar da marca Doce Mel foram levadas para a Associação de Defesa do Consumidor do Centro-Oeste de Minas (Adeccom), que acionou a Promotoria de Justiça especializada na Defesa do Consumidor do Ministério Público. De acordo com a presidente da Adeccom, Tereza Lada, somente dessa marca já foram levados para a associação cinco pacotes supostamente contaminados. “Não sabemos a origem do açúcar, em qual usina é fabricado, mas o empacotamento é feito pela empresa descrita no pacote [World Brasil]”, afirma Lada.
O UOL Notícias tentou fazer contato diversas vezes com a empresa World Brasil, responsável pelo empacotamento e distribuição do produto,mas o gerente de vendas que responde pelo produto não foi localizado.
O promotor Sérgio Gildin recebeu a denúncia e pediu que amostras do açúcar em supermercados da cidade fossem recolhidas. O produto está passando por perícia e o MP aguarda laudo técnico para emitir alguma decisão.
Paralelamente, Gildin enviou uma recomendação para que os próprios comerciantes avaliem a viabilidade de continuar vendendo os produtos com “aparência duvidosa”. Se os exames provarem que o açúcar é impróprio para consumo, será elaborada uma medida cautelar exigindo a suspensão da venda.
Tereza Lada também encaminhou um pedido de liminar à Justiça para retirada imediata dos produtos das prateleiras de supermercados em Divinópolis. “Entendemos que não precisa de perícia técnica para provar a contaminação física do açúcar por partículas. É só ver ou fazer o teste do imã. Até que um laudo diga ao consumidor que a sujeira não faz mal à saúde, os produtos precisam ser retirados.”
Segundo o clínico geral do hospital João 23 em Belo Horizonte, Carlos William Delfim, o consumo de pedaços de metal pode causar, em um primeiro momento, lesões no esôfago ou estômago –os ferimentos podem variar de acordo com o tamanho do material. Outro problema, segundo Delfim, é a contaminação por alguma substância química liberada pelo metal e que pode ser absorvida pelo organismo. Esse risco só é avaliado diante do conhecimento de que tipo de metal foi ingerido.
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