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PM detido em carro de polícia solta freio de mão e morre afogado após veículo cair em rio de MG

Rayder Bragon <br> Especial para o UOL Notícias

Em Belo Horizonte

14/07/2011 12h49

 

A Polícia Militar de Minas Gerais abriu um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar as causas da morte de um soldado da corporação, que estava preso dentro de um carro da PM e morreu afogado após o veículo tombar em córrego da zona rural da cidade de Senhora dos Remédios, localizada na região central de Minas Gerais e distante 180 quilômetros de Belo Horizonte.

O acidente ocorreu na última terça-feira (12), quando o soldado Adelino de Carvalho Júnior, 28, havia sido detido após familiares da ex-mulher dele denunciá-lo por ameaça de morte feita à ela.

O capitão Ângelo Augusto de Pádua e Silva, assessor de imprensa do 9º Batalhão, localizado em Barbacena, informou à reportagem do UOL Notícias que testemunhas disseram ter visto o soldado, mesmo algemado, soltar com os pés o freio de mão e desengrenar o carro, anteriormente estacionado em uma ladeira. O veículo ganhou velocidade e em seguida tombou no córrego com as rodas para cima, causando o afogamento da vítima.

De acordo com o assessor, policiais que atenderam ao chamado haviam prendido o colega de farda em uma estrada vicinal, quando ele estava em seu veículo, por ele ter se recusado a passar por uma revista. A guarnição levou-o no carro de polícia à casa da ex-mulher para lavrar o boletim de ocorrência e constatar se algum morador havia sido agredido.

Nesse momento, segundo o capitão, o soldado ficou sozinho no carro da corporação. “Ele foi preso pela desobediência ao não aceitar que os policiais revistassem o veículo em busca de uma arma de fogo, já que havia a denúncia de ameaça de morte contra a ex-esposa. Ele resistiu à prisão e teve de ser algemado”, relatou.

Ainda conforme o oficial, no momento do acidente, os militares que o prenderam “mantinham contato visual com a viatura”. Em seguida, houve a tentativa de socorrê-lo. “Os militares até se machucaram na tentativa de retirá-lo do veículo, conseguiram tirá-lo, tentaram reanimá-lo, mas ele já estava em óbito”, relatou.

Segundo Silva, o IPM instaurado tem o prazo de conclusão em 40 dias, prorrogáveis por mais 20. A Polícia Civil mineira também instaurou inquérito para apurar o caso. Um perito esteve no local e o laudo técnico deverá ficar pronto em 30 dias.