Babalorixá que aplicou golpes com cartão de crédito em 20 Estados é preso na Bahia
O babalorixá Jadson de Santana Miranda, conhecido como "Pai Jadson de Oxossi da Bahia" foi preso nesta quarta-feira (20) durante operação da Polícia Federal para desarticular uma quadrilha de estelionatários que atuava em 20 Estados e no Distrito Federal e deu prejuízo de R$ 3,73 milhões às administradoras de cartão de crédito. Pai Jadson e Fernando Lima Calhau, outro detido na operação, já foram ouvidos e serão encaminhados ainda hoje para o presídio de Salvador.
Batizada de “Operação Crédito Fácil”, a ação da PF tem o objetivo de cumprir 18 mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão. Os mandados, expedidos pela Justiça Estadual do Espírito Santo, serão cumpridos na Bahia, em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal.
De acordo com A PF, os mentores das fraudes ligavam para os clientes das administradoras de cartão de crédito ou das empresas de telefonia, passando-se por empregados, para obter as informações pessoais dos clientes e poder articular as fraudes.
Com os dados dos clientes, como CPF, data de nascimento, nome completo, número do cartão e código de segurança, os líderes da quadrilha ligavam para a central de atendimento de telemarketing das operadoras de cartão de crédito, fingindo ser os verdadeiros clientes.
Durante a ligação, os criminosos verificavam o valor disponível para crédito, formas de parcelamento, juros cobrados e, em seguida, faziam a solicitação do empréstimo, informando uma conta para depósito, aberta com documentos falsos. Em seguida, eles iam até a agência bancária e sacavam o valor transferido pela administradora do cartão para a conta falsa.
Investigação
A quadrilha de estelionatários era investigada desde agosto de 2010 pela Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais (Delepat) da Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo. Segundo a PF, nesta época o grupo tinha se transferido da Bahia para o Espírito Santo para continuar a realizar as fraudes.
Durante a investigação, a polícia conseguiu, através dos bancos, identificar que em diversas contas abertas os documentos de identidade traziam fotografia da mesma pessoa ou até mesmo o número do RG era igual.
Ainda na investigação, ficou comprovado que a quadrilha atuou em 20 Estados e no Distrito Federal: Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Rondônia, Rio Grande do Sul, Maranhão, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Amazonas, Piauí, Goiás e Rio de Janeiro.
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