Advogado do goleiro Bruno diz que grampo telefônico não prejudicou o atleta
Cláudio Dalledone Júnior , advogado do goleiro Bruno Souza, disse que as interceptações telefônicas feitas durante 30 dias no telefone celular da noiva do atleta, a dentista Ingrid de Oliveira, não prejudicaram a defesa do jogador, que é réu em processo sobre o sumiço da ex-amante Eliza Samudio.
O advogado afirmou não ter tido ciência dos grampos, feitos com autorização da Justiça, mas salientou ter achado “muito bom’ o fato de as interceptações terem ocorrido.
Uma ligação feita em dezembro do ano passado pelo goleiro de dentro da penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), para a noiva é investigada pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suap).
“Isso só ajudou (interceptações telefônicas). A Ingrid foi submetida a 30 dias de cerrado monitoramento e isso demonstrou quem era quem dentro das 639 ligações que foram interceptadas. Eu achei isso muito bom”, afirmou Dalledone, que teve também ligações interceptadas em conversas com a dentista carioca.
A Suap, que é responsável pela unidade prisional, vai averiguar se houve conivência de funcionários da unidade prisional ou se o goleiro teria abusado da confiança de agentes
Segundo a subsecretaria, telefonemas feitos por detentos somente são autorizados pela diretoria em razão de “motivo relevante”, o que não foi verificado na conversa entre o casal, cujo áudio foi captado com autorização da Justiça.
No áudio, uma mulher, que supostamente seria funcionária da unidade prisional, introduz Bruno na conversa e ainda manda um beijo para a noiva dele, demonstrando intimidade com a mulher.
No início do diálogo, o goleiro deseja “feliz aniversário atrasado” e passa em seguida a discorrer sobre assuntos relativos à sua defesa. Em outro trecho, o casal troca palavras de carinho e amenidades.
A assessoria da Suap esclarece que o assunto foi repassado à corregedoria do órgão.
Justiça
Dalledone esteve na última sexta-feira (22) em Belo Horizonte e disse ter se encontrado com o goleiro, na unidade prisional. Ele vai formatar pedido do atleta para ser ouvido novamente pela Justiça.
“Ainda não formalizei o pedido. Vou pegar a autorização dele por escrito. É uma ação muito séria”, disse o advogado, que não adiantou uma data para a entrada do pedido.
A intenção do goleiro, segundo Dalledone, é ser novamente interrogado sobre o caso. Bruno já havia prestado depoimento em audiência de instrução e julgamento do processo sobre o sumiço de Eliza Samudio, no ano passado, no Fórum de Contagem (MG), onde tramitou o caso. De acordo com o advogado, à época Bruno havia falado sob “pressão” e sido alvo de “coação e espetacularização”.
Ainda de acordo com Dalledone, atualmente o goleiro afirmou estar se sentindo mais “tranquilo” para falar sobre o episódio. Uma das razões apontadas para a tranquilidade de Bruno teria sido o seu afastamento da “influência” de Luiz Henrique Romão, o “Macarrão”, braço direito do goleiro.
Romão está em uma cela individual no presídio, desde maio deste ano, e havia reclamado de não ter mais contato diário com Bruno.
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