Dono de ilha acusado de chefiar esquema de sonegação presta depoimento em Salvador (BA)
Suspeito de chefiar um esquema de sonegação fiscal que pode ter provocado um prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos, o empresário baiano Paulo Sérgio Costa Pinto Cavalcanti foi preso nesta segunda-feira (22) por policiais federais ao desembarcar no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, após retornar de uma viagem a Espanha.
O empresário, presidente da Sasil Comercial e Industrial de Petroquímicos, é um dos proprietários de uma ilha de 20 mil m², na baía de Todos os Santos, que foi confiscada durante as investigações da Operação Alquimia.
Assim que desembarcou em Salvador, ele foi encaminhado para a sede da Polícia Federal. Hoje, após prestar depoimento, ele deverá ser transferido para um complexo penitenciário, de acordo com informações da PF.
A prisão preventiva de Cavalcanti foi decretada pela Justiça depois de investigação que descobriu cerca de 300 empresas instaladas no Brasil e no exterior, que atuavam na venda e distribuição de produtos químicos. O grupo teria sonegado R$ 1 bilhão em impostos.
Na semana passada, o TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região negou o pedido de habeas corpus para o empresário e outros dois familiares --Paulo Sérgio França Cavalcanti (filho) e Maria França Cavalcanti (mãe). Outro integrante da família, Ismael César Cavalcanti Neto, irmão do empresário, foi preso na semana passada.
Após o decreto da prisão temporária de Cavalcanti, seu advogado, Gamil Foppel, disse que a decisão da Justiça era inoportuna. De acordo com ele, desde o início das investigações, há quase dez anos, seu cliente não foi convocado para prestar qualquer esclarecimento sobre o funcionamento da Sasil. Na manhã desta terça-feira, o advogado não foi localizado para comentar a prisão de Cavalcanti.
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