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Dirigente municipal do PT é preso sob acusação de pedofilia em Belo Horizonte (MG)

Rayder Bragon<br>Especial para o UOL Notícias

Em Belo Horizonte

01/09/2011 15h19

A Polícia Civil mineira apresentou nesta quinta-feira (1º), no Departamento de Investigações de Minas Gerais, em Belo Horizonte, o secretário de organização do PT municipal, Nartagman Wasley Aparecido Borges, 35, acusado de pedofilia e cujo crime teria sido praticado contra uma menina de 9 anos, em 2004.

De acordo com a assessoria da corporação, ele foi preso nesta manhã, no bairro Rio Branco, região de Venda Nova, por conta de mandado de prisão contra ele ter sido expedido pela Justiça mineira.

Segundo a polícia, na época do suposto crime, o dirigente morava com uma mulher na capital mineira. Ele teria ido ao quarto de uma das filhas dela e molestado a criança, que teria relatado o fato a uma irmã mais velha, que, por sua vez, também acusou Borges de tentar acariciá-la.

O político ainda é acusado de ter estuprado uma mulher, que servia como empregada doméstica à época na casa. Em maio deste ano, a Justiça de Minas Gerais condenou-o por estupro de vulnerável a uma pena de sete anos e nove meses de reclusão, informou o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais. Durante a sua apresentação, Borges negou o crime e disse ser alvo de perseguição política.

“Um delegado estava precisando ouvi-lo por conta de um crime de homicídio, que era sobre o assassinato do irmão dele. Estavam tentando intimá-lo há um tempo e, no decorrer das investigações, descobriram que havia um mandado de prisão em aberto contra ele. Hoje pela manhã, conseguiram prendê-lo”, resumiu Moreira.

Segundo o delegado, depois da apresentação, Borges foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte para fazer exame de corpo de delito e, em seguida, encaminhado ao Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) São Cristóvão, unidade contígua ao departamento de investigações.

“Ele será remanejado para alguma penitenciária do sistema prisional”, afirmou o delegado.

Durante o processo na Justiça mineira, a defesa do dirigente foi feita por um defensor público. A reportagem do UOL Notícias não conseguiu localizar um advogado que respondesse atualmente pelo secretário da legenda.

Uma atendente do PT municipal disse não haver no local nenhum dirigente que pudesse falar sobre o caso.