Polícia Rodoviária Federal faz na Bahia maior apreensão de "arrebites" do país
A Polícia Rodoviária Federal, em ação conjunta com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Regional de Farmácia, apreendeu mais de 220 mil unidades de Desobesi-M, medicamento à base de anfetamina desenvolvido para auxiliar em dietas de emagrecimento mas utilizado por motoristas para inibir o sono.
A apreensão aconteceu em três municípios do sudoeste da Bahia: Planalto, Poções e Vitória da Conquista. Segundo informações da PRF baiana, é a maior apreensão da droga em disponibilidade para comercialização no país. A Anvisa estima que o valor dos remédios supere a cifra de R$ 1,1 milhão.
Na operação, batizada de Morfeu, realizada de segunda (10) a quarta-feira (12) desta semana nas BRs-116 Sul e 324, dez pessoas foram presas e autuadas pela comercialização de remédios proibidos e também falsificados.
Ângelo Teixeira da Silva, 35 anos, foi detido por transportar, no interior do seu veículo, 64 mil cápsulas de Desobesi (cloridrato de femproporex) 25 mg. Após a prisão, Teixeira encaminhou os policiais e os técnicos da Anvisa até Mariela Caires Rocha Silva, 34 anos. Ela guardava, num depósito, mais de 27 mil cápsulas de Desobesi e remédios similares, como Bromazepam, Celebra, Codaten e Ultracet, comercializados de forma irregular.
No município de Poções, a polícia prendeu Julita Macedo Silva Gomes, 46, que atua em uma farmácia da região. Na casa dela, foram encontradas mais de 130 mil cápsulas de Desobesi e outros medicamentos, além de R$ 8 mil em espécie. De acordo com a inspetora Mércia Oliveira, da PRF, a Anvisa interditou cinco farmácias e autuou outras cinco.
Dados de um levantamento feito pela Polícia Rodoviária Federal apontam que em 2010 houve 1.605 acidentes com veículos de carga durante o período da noite, com o saldo de 372 feridos e 84 mortos na Bahia. Este ano, o número de acidentes já soma 1177, com 226 feridos e 37 mortos em todas as rodovias federais do Estado.
A inspetora Mércia Oliveira disse ao UOL Notícias que grande parte dessas ocorrências está ligada ao uso do arrebite. “Quem sobrevive aos acidentes provocados pelo uso desses medicamentos ao volante guarda como lembrança lesões incapacitantes”, disse a inspetora.
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