Filho de secretário baiano será indiciado por atropelar atleta na orla da Barra, em Salvador
O estudante de medicina Davi Jorge Fontoura Solla, 23, filho do secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, pode ser indiciado por imperícia, imprudência e negligência ou lesões corporais no inquérito que apura o atropelamento, no início da manhã da última sexta-feira (28), de um atleta que se exercitava no bairro da Barra, orla da capital baiana.
De acordo com a polícia, Marcos Maltez Tanajura Gomes, 26, fazia cooper na Avenida Oceânica, próximo ao Hospital Espanhol, quando foi atingido pelo Gol conduzido por Davi. Gomes foi atendido no Hospital Espanhol, apresentando lesões no antebraço direito, que foi engessado, e em outras partes do corpo. Mas não chegou a ser internado.
No mesmo dia, tanto a vítima quanto o atropelador prestaram depoimento na 14ª Delegacia, localizada no mesmo bairro. O secretário Jorge Solla acompanhou o filho. “O inquérito vai seguir os trâmites normais. Ele vai responder como maior de idade e será respeitado todo o trâmite policial", disse o secretário.
Na ocasião, o estudante de medicina teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida. Ele se recusou a fazer exame de sangue ou do bafômetro para verificar se tinha ingerido álcool antes de dirigir, valendo-se do direito previsto em lei de não produzir provas contra si.
Há informações não confirmadas de que os rapazes – além de Davi, um irmão dele e outros três amigos estavam no carro - teriam sido vistos bebendo em um posto de gasolina próximo ao local do acidente.
Davi garante, porém, que não bebeu. Ele afirma que teria ido buscar o irmão alcoolizado em uma festa de formatura. O atropelamento, segundo ele, aconteceu porque o irmão teria puxado o volante, levando o carro na direção do atleta, que corria no asfalto, no sentido oposto ao carro.
O delegado João Cavadas, titular da 14ª DP, disse que ainda falta ouvir os dois agentes de trânsito que registraram a ocorrência, bem como os três amigos de Davi para esclarecer o ocorrido. Ele também aguarda o laudo do exame de lesões corporais para concluir o inquérito.
O delegado disse acreditar que os agentes de trânsito poderão fornecer informações mais precisas sobre o estado de Davi, no momento do acidente, já que ele não fez o teste de alcoolemia.
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