Por falta de segurança, retirada de combustível de navio da Vale é abortada no Maranhão
Por conta da falta de segurança, a Marinha decidiu abortar a operação para retirada de toneladas de óleo combustível do supercargueiro Vale Beijing, prevista para começar nesta quarta-feira (28). Por conta da falta de estabilidade da balsa que faria a ação, uma nova ação deverá ocorrer em breve, mas ainda sem data para ter início. As informações foram repassadas pela Capitania dos Portos do Maranhão na tarde desta quinta (29).
O maior cargueiro do mundo, de propriedade da Vale, apresentou rachaduras no dia 3 deste mês, durante um carregamento para exportação, no terminal de Ponta da Madeira, no porto de São Luís. O navio foi carregado com 260 mil toneladas de minério de ferro e tem 7.000 toneladas de óleo combustível. No dia 7, por questões de segurança, a embarcação foi rebocada para a baía de São Marcos, a 7 km da costa. Mas, por conta da forte correnteza do local, o navio foi removido novamente, no último dia 22, desta vez para uma região de alto mar e com maré menos intensa.
Depois de 10 dias de atraso --a previsão inicial era que o óleo começasse a ser retirado no dia 18--, a balsa que faria a remoção do combustível não conseguiu retirar o produto por conta dos fortes ventos e ação da maré na região onde navio está localizado. Os trabalhos da balsa, que veio de Belém especialmente para a operação, iriam retirar pelo menos 3.500 toneladas de óleo do tanque do cargueiro e, assim, minimizar os riscos de um possível acidente ambiental.
“A chata [balsa] ficou instável para realizar a operação por conta dos ventos e da maré. Seria um um risco grande trabalhar nessas condições. Neste momento a Smith [empresa contratada para salvatagem] está pensando numa outra solução. Que o óleo vai ser retirado, vai. Mas não podemos dizer quando, pois o prazo é o tempo de eles pensarem em uma nova maneira --e não posso determinar esse tempo. Mas essa ação é de interesse deles. Então, acreditamos que essa operação será realizada o mais rápido possível”, afirmou o capitão dos Portos do Maranhão, Calmon Bahia.
Segundo o capitão, a falta de sucesso na operação faz com que as autoridades marítimas permaneçam em alerta e monitorando o navio, que apresentou rachaduras ainda durante o carregamento. “A preocupação existe. Quanto mais rápido tirar, mais seguro será. Mas o problema é que ainda não foi encontrada uma maneira de fazer isso. Um ponto importante é que desde o dia 3 não houve aumento nas rachaduras, o que nos deixa mais tranquilos quanto a acidentes”, disse.
Logo após retirar o óleo, a empresa deverá remanejar a carga de 260 mil toneladas de minério de ferro que hoje estão dentro do supercargueiro. “Neste momento está sendo pensado apenas o modo como o óleo será retirado. A prioridade é a retirada, depois haverá o remanejamento e a definição da remoção do navio para conserto”, explicou.
Todos os passos para o início da operação de retirada do óleo do supercargueiro estão sendo acompanhados pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Recursos Renováveis e Meio Ambiente). A maior preocupação do órgão é que não haja vazamento do combustível do navio. Para evitar problemas ambientais, equipamentos de segurança já estão prontos para entrar em ação, caso necessário.
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