Em caso raro, vaca dá à luz trigêmeos bezerros pela segunda vez
Uma vaca deu à luz três bezerros em Jaú (287 km de São Paulo), fato considerado raro pela ciência. Segundo o dono, João Batista Costa, 50, é a segunda vez que Cabana, um animal mestiço de oito anos, tem trigêmeos. Os bezerros têm um mês de idade.
Costa afirma que a vaca, que ele adquiriu quando ainda era bezerro por R$ 700, já deu à luz seis vezes em sua propriedade. Nas quatro primeiras vezes, nasceram gêmeos. Até agora, foram 13 animais (um deles morreu no parto).
“É um fato muito raro. Em 95% dos nascimentos, o normal é nascer apenas um bezerro”, afirma Rubens Paes de Arruda, do Centro de Biotecnologia e Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da USP (Universidade de São Paulo).
Há relatos, segundo Arruda, de casos de reprodução de até quadrigêmeos, fato ainda mais raro.
De acordo com o pesquisador, não existe uma explicação para a alta fecundidade da vaca Cabana.
“Talvez ela tenha uma ovulação maior, por razões hormonais, o que aumenta as chances de fecundação. É um fato que merece ser estudado pela ciência”, afirma.
Mas se a fertilidade de Cabana faz a alegria de seu dono, ela não é boa para a vaca. De acordo com o professor da USP, Cabana pode ter problemas futuros em partos, porque o normal é o útero desenvolver apenas um embrião.
A fama de boa reprodutora de Cabana já rendeu uma proposta de negócio para o sitiante de Jaú. Costa afirma que lhe ofereceram R$ 7.000 pelo animal, mas a oferta foi recusada.
“É uma vaca excepcional. Além de mansa, é também boa produtora de leite. Tenho medo de ela ser maltratada pela pessoa que comprar”, declara.
Costa doou os bezerros, duas fêmeas e um macho, para os filhos. “Mas se eles quiserem vender para terceiros, eu fico com as fêmeas, pois elas podem ter as mesmas características da mãe.”
Cabana é o resultado do cruzamento das raças gir, de origem indiana, e holandesa, de alta produtividade leiteira. No Brasil, os mestiços dessas raças são conhecidos como gado “girolando”.
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