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Adolescente morre ao cair de brinquedo do Hopi Hari, em Vinhedo (SP)

Foto de arquivo mostra o brinquedo Torre Eiffel, onde aconteceu o acidente - Rochelle Costi/Folhapress - 27.nov.1999
Foto de arquivo mostra o brinquedo Torre Eiffel, onde aconteceu o acidente Imagem: Rochelle Costi/Folhapress - 27.nov.1999

Do UOL, em São Paulo

24/02/2012 12h32Atualizada em 24/02/2012 17h49

Um acidente em um dos brinquedos do parque de diversões Hopi Hari causou a morte da adolescente Gabriela Yokuri Michimura, 14, por volta das 10h30 desta sexta-feira (24).

A assessoria de imprensa do parque informou que a garota chegou a ser levada para o hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí (SP), mas não resistiu. Segundo o hospital, Gabriela teve um traumatismo craniano após a queda. Ela foi reanimada ainda no parque, mas teve uma parada cardíaca depois.

De acordo com a PM, a garota se desprendeu do assento do brinquedo conhecido como elevador e caiu. A assessoria de imprensa do parque disse que ainda não tem informações sobre as causas do acidente.

O parque fica no km 72,5 da rodovia dos Bandeirantes, na região de Vinhedo (79 km de São Paulo). O brinquedo Torre Eiffel, onde ocorreu o acidente, tem 69,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. Na atração, os participantes caem em queda livre, podendo atingir 94 km/h, segundo informações do site do parque.

Em nota, o Hopi Hari informou que "lamenta profundamente o ocorrido" e que "está prestando toda a assistência à família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as causas do acidente".

Parque fica no interior de SP

  • Arte/UOL

O parque foi fechado por volta de 11h15 desta sexta-feira (24) após a morte da adolescente e voltará a funcionar neste sábado (25) de manhã, segundo informou a assessoria de imprensa.

Segurança

No Torre Eiffel, as cadeiras são suspensas até o limite de altura do brinquedo e caem bruscamente. Os assentos são presos por travas, que cobrem o usuário dos ombros até as pernas.

Segundo a assessoria de imprensa do parque, as cadeiras só são autorizadas a subir se todas as travas estiverem devidamente presas. Caso alguma cadeira não esteja travada, o sistema que controla o brinquedo emite um sinal e impede a subida das cadeiras. Se todas as cadeiras estão travadas, uma luz verde se acende autorizando o funcionamento.

Ainda de acordo com a assessoria, os funcionários verificaram todas as travas antes da subida das cadeiras. O brinquedo, informa o parque, é vistoriado diariamente e submetido a análise de um engenheiro a cada três meses.

Acidentes no Playcenter

Em abril do ano passado, o Playcenter, parque de diversões na zona oeste de São Paulo, também registrou um sério acidente em um dos brinquedos. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, um operador não verificou corretamente o fechamento das travas do equipamento, o que provocou a queda de oito pessoas que estavam na atração Double Shock. Elas foram arremessadas ao chão após o dispositivo abrir sozinho.  

De acordo com o delegado Marco Aurélio Batista, titular do 23º Distrito Policial, de Perdizes, na zona oeste, após realizarem testes com o brinquedo, os peritos concluíram que não houve falha mecânica.

Em 23 de setembro de 2010, um outro acidente no Playcenter, na montanha-russa Looping Star, deixou 16 feridos. Na ocasião, os administradores do parque afirmaram que a vistoria do brinquedo estava em dia.

Acidente no Glória Center (RJ)

No dia 14 de agosto de 2011, dois jovens --Alessandra da Silva Aguilar e Vitor Alcântara de Oliveira-- morreram no parque de diversões Glória Center, na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Grande (Rio de Janeiro).

Os dois adolescentes e mais nove pessoas foram atingidos por parte do brinquedo tufão - carrinhos que rodam enquanto ficam suspensos no ar -, que se desprendeu de sua estrutura. Alessandra morreu no local, e Vitor, três dias após o acidente.

O laudo pericial apontou que os brinquedos do parque estavam em péssimo estado de conservação, com peças deterioradas, calços com pedaços de madeira, condutores com emendas e fitas isolantes expostas - possibilitando choques elétricos -, fixação de estruturas com arames metálicos torcidos e coloridos, brinquedos com pregos enferrujados, entre outras irregularidades.

O Ministério Público do Rio denunciou por homicídio qualificado os empresários Maria da Glória Pinto e Leandro Pinto Ribeiro, donos do local, e o engenheiro Luiz Soares Santiago, responsável pelo parque, pelo crime de homicídio qualificado (mediante pagamento ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe). Maria da Glória e Leandro também estão proibidos de trabalharem em atividade empresarial no ramo de diversões públicas e Luiz Soares de expedir laudos de engenharia.