Governo do Rio anuncia obras contra enchente, na região serrana, quase um ano e três meses após tragédia
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O governo do Rio de Janeiro anunciou um “pacote de intervenções” para Nova Friburgo, na região serrana do Estado, com recursos de R$ 7 milhões destinados a obras contra enchentes. O recurso foi anunciado quase um ano e três meses depois das chuvas que, em janeiro do ano passado, deixaram só na cidade pelo menos a metade dos quase mil mortos pela chuva em toda a serra fluminense.
Os recursos foram anunciados pelo governador em exercício, Luiz Fernando Pezão, e deverão ser destinados à construção de 11 muros de contenção e à reurbanização de ruas nos bairros de Olaria e Vale dos Pinheiros. Dos R$ 7 milhões, 95% provêm do Estado, e 5%, dos cofres do município. Além da verba, foram assinadas ordens de serviço para o início de obras de reconstrução de 11 pontes em Petrópolis, Bom Jardim e Nova Friburgo, com R$ 2,3 milhões da União.
De acordo com o governador em exercício, até a metade deste ano, o Estado estima entregar 100 apartamentos aos desabrigados pela chuva, e, até o final de 2012, outras 500 moradias.
Segundo a Defesa Civil do Estado, até janeiro passado, a maioria dos 8.795 desabrigados pelas chuvas de 2011 estavam em Teresópolis (6.727 pessoas), Nova Friburgo (789) e Petrópolis (em Itaipava, com 187). Já o total de desalojados, na mesma época, superava as 22.000 pessoas.
Um ano depois da tragédia
Um ano depois das chuvas, o UOL esteve nas três cidades mais afetadas --Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis-- e constatou que escombros e esqueletos de construções ainda dividem espaço, em bairros dessas cidades, com obras de infraestrutura não realizadas, situações de risco e moradores que, desabrigados, até hoje não conseguiram o aluguel social.
Em Nova Friburgo, por exemplo, onde os recursos foram anunciados na sexta, moradores do centro da cidade ainda não viram finalizadas obras em encostas nem na praça do Suspiro, principal cartão postal. É lá onde fica o teleférico, até hoje desativado em função dos deslizamentos do ano passado.
Em bairros como Córrego Dantas, na periferia, há pontes improvisadas pelos próprios moradores e ruas onde o asfalto, ainda não refeito após a tragédia, viram lama em qualquer precipitação menos intensa. Na zona rural, comunidades isoladas recebem mantimentos graças à ação de voluntários e têm dificuldades para escoar a produção de morango, uma das principais da cidade serrana.
(Com reportagem de de Janaina Garcia)
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