Fiscais do Ibama são suspeitos de cobrar propina para liberar madeira ilegal em Mato Grosso
Dois fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) estão presos no município de Sinop, em Mato Grosso, acusados de cobrar propina para liberar madeira ilegal apreendida pela fiscalização. Os servidores foram flagrados pela Polícia Federal e devem responder pelo crime de corrupção passiva, cuja pena varia de dois a 12 anos de prisão. O Ibama informou que também será aberto, até amanhã (11), processo administrativo contra os dois. Corregedores do instituto estão sendo deslocados para Sinop.
Os agentes presos estão lotados na Superintendência do Ibama no Ceará e atuavam na Operação Verdes Veredas, de combate ao desmatamento em Mato Grosso. Desde o início da operação, em fevereiro, fiscais de vários estados se revezam em períodos de 15 a 30 dias para reforçar a equipe local. Em Sinop, apenas cinco fiscais são responsáveis por monitorar a situação de 30 municípios.
Segundo a chefia de Controle e Fiscalização do Ibama em Sinop, os dois fiscais foram deslocados inicialmente para o município de Alta Floresta, mas houve relatos de que teriam desviado do caminho e procurado uma madeireira, cobrando dinheiro para não apertar a fiscalização. Depois da suspeita, teriam sido transferidos para o município de Cláudia, no norte do Estado. Os dois servidores acompanhariam o transporte de madeira extraída ilegalmente até a prefeitura de Cláudia. Antes da operação, eles teriam proposto um acordo ao vice-prefeito da cidade para vender a parte nobre da carga e dividir o lucro.
Segundo balanço do Ibama em Sinop, nos quatro meses da Operação Verdes Veredas, foram emitidas 125 multas, no valor total de R$ 78 milhões. Os fiscais também embargaram 7 mil hectares de áreas desmatadas irregularmente e apreenderam 41 tratores, 13 caminhões, quatro carros de passeio e mais de mil metros cúbicos de madeira em toras e 588 metros cúbicos de madeira serrada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.