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Quadrilha que usava helicóptero para distribuir cocaína no sertão é presa no Nordeste

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

05/07/2012 09h50

A Polícia Militar dos Estados do Ceará e do Piauí prenderam oito pessoas, nos dois Estados do Nordeste, acusadas de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas que usava um helicóptero para distribuir cocaína. As prisões aconteceram entre o fim da tarde e noite desta quarta-feira (4).

A investigação foi feita pela Polícia Federal, que conseguiu desvendar o roteiro do grupo e acionou os militares do sertão do Ceará o local exato onde a droga seria jogada, na zona rural de Acopiara (345 quilômetros de Fortaleza). A cocaína foi arremessada em pacotes do helicóptero, de registro paranaense, e foi receptada por supostos integrantes da quadrilha, que já aguardavam em terra o material.

Na cidade cearense, a PM do Ceará fechou o cerco e conseguiu prender cinco acusados de tráfico de drogas, que pegaram a droga do helicóptero. Se comercializada, a droga poderia render R$ 15 milhões aos traficantes, segundo cálculos dos policiais. A cocaína deveria abastecer os mercados consumidores do Ceará e Piauí.

Após desafogar a droga no sertão cearense, o helicóptero seguiu até a cidade de Picos (a 308 km de Teresina), onde foi cercado pelos policiais militares. Três pessoas foram detidas no local, entre elas o piloto da aeronave. Na aeronave a polícia também encontrou cerca R$ 30 mil em dinheiro e R$ 12 mil em cheques, fora 10 cartões de crédito e aparelhos eletrônicos.

Segundo a Polícia Militar do Piauí, há suspeita de que o grupo usava locais de pouso clandestino para conseguir distribuir a droga. O Piauí seria uma dessas rotas para abastecimento, que incluiria outros Estados. Uma investigação será feita para saber a abrangência do grupo.

Na manhã desta quinta-feira (5), os oito acusados foram levados para a delegacia Regional Iguatu, onde está sendo feito o flagrante e eles devem permanecer presos à disposição da Justiça. O UOL entrou em contato com a delegacia, mas a atendente informou que todos os agentes estavam ocupados com o caso e não podiam passar nomes dos supostos integrantes da quadrilha.