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Familiares afirmam que roupas encontradas no Rio são parecidas com as de engenheira desaparecida

A engenheira Patrícia Amieiro Franco, 24, desapareceu em 14 junho de 2008, depois de sofrer um acidente automobilístico na saída do túnel do Joá, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio - Reprodução/Agência O Globo
A engenheira Patrícia Amieiro Franco, 24, desapareceu em 14 junho de 2008, depois de sofrer um acidente automobilístico na saída do túnel do Joá, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio Imagem: Reprodução/Agência O Globo

Felipe Martins

Do UOL, no Rio

12/07/2012 12h52Atualizada em 12/07/2012 13h01

Os pais da engenheira Patrícia Amieiro, desaparecida desde 14 de junho de 2008,estiveram na manhã desta quinta-feira (12) na Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio, na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense, para o reconhecimento das roupas que foram encontradas ontem no sítio Vitória, no bairro do Itanhangá, também na zona oeste.  Bombeiros, policiais e agentes do Ministério Público realizam buscas para no local após o Ministério Público do Estado receber uma denúncia anônima de que o corpo da engenheira estaria no local.

O pai de Patrícia, Celso Franco, afirmou que a mulher, Tânia Franco, achou muito parecida a roupa encontrada pela polícia com a que a jovem usava no dia do desaparecimento. “Chamou muito a atenção da minha esposa uma blusa meio roxa com vinho, muito parecida com a roupa que ela estava no dia. A calça também era muito parecida, mas estava muito enlameada”, disse.

Segundo a Divisão de Homicídios, a mãe de Patrícia será ouvida novamente nesta sexta-feira (13) por psicólogos. A polícia quer eliminar a hipótese de a mãe ter reconhecido as roupas por estar sob forte emoção.

As buscas recomeçaram na manhã de hoje no sítio Vitória. O dono do sítio foi identificado: Juazieldo Pontes Miguel está desaparecido desde que a polícia chegou ao local.  Ele foi processado por homicídio em 1985, mas foi absolvido.

Segundo a denúncia recebida pelo MP, o sítio seria frequentado por policiais militares que supostamente teriam envolvimento com milícias. A 1ª Vara Criminal da capital expediu mandado de busca e apreensão --a pedido da Promotoria-- para que as buscas pudessem ser realizadas.

De acordo com o MP, há, no sítio, uma espécie de sala de monitoramento, onde foram apreendidos um computador e três armas --duas de fogo e uma de compressão. No local havia ainda duas picapes e uma moto de luxo.

Morte misteriosa

A engenheira foi vista pela última vez no dia 14 de junho de 2008. A jovem, que tinha 24 anos, estava voltando para casa –localizada na Barra da Tijuca– de carro depois de ir a uma festa no morro da Urca, na zona sul da cidade. O automóvel da vítima foi atingido por projéteis de arma de fogo em circunstâncias ainda não esclarecidas, e ela perdeu o controle do veículo. A polícia vasculhou o local atrás do corpo, mas não obteve sucesso nas buscas.

Quatro policiais militares são acusados de homicídio qualificado e ocultação do corpo. Os suspeitos são Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Willian Luis do Nascimento, Fábio da Silveira Santana e Márcio de Oliveira Santos, todos lotados no 31º Batalhão de Polícia Militar (Barra da Tijuca). A família tem convicção de que Patrícia foi assassinada. 

A 6ª Vara Cível Regional do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca) declarou em junho de 2011 a morte presumida da engenheira.