Polícia faz operações em três Estados para prender acusado de liderar sequestro de criança no MA
As polícias do Maranhão, Pará e Tocantins realizam operações de busca nos três Estados para prender o acusado de ser o líder da quadrilha apontada como responsável pelo sequestro o menino Pedro Paulo, de 4 anos. O menino foi levado de dentro de casa, em Imperatriz (MA), no dia 27 de junho, pelos sequestradores e ficou em cativeiro por 14 dias. A criança foi mantida refém no distrito de Cicilândia, em Palmeirante (TO), e só foi libertada após pagamento de resgate no valor de R$ 500 mil.
Segundo as investigações, Sebastião Soares, 53, conhecido pelos apelidos de “Vô”, “Tião” e “Vicente”, seria o chefe intelectual do grupo e é considerado pela polícia como sendo de “alta periculosidade.” Ele teve mandado de prisão expedido no último dia 11 pela Justiça de Imperatriz.
A polícia descobriu que Soares, além da ordem da Justiça maranhense, tem mais 10 mandados de prisão expedidos em abertos, em cinco Estados do país. Natural de Ananindeua (PA), Soares diz ser pescador, mas responde por diversos crimes, como sequestros e homicídios.
A longa ficha criminal do acusado começa em 1980, quando ele foi acusado de matar um homem em Caruaru (PE). Na mesma cidade, ele teria assassinado um casal em 1988. Segundo a polícia, em 2002 ele também foi condenado pela Justiça em Castanhal (PA) por sequestro e cárcere privado. Ele também tem prisões decretadas pelas comarcas de Itambé (PE), por extorsão, e no Ceará, por sequestro. No Rio Grande do Norte, ele possui mandado de prisão expedido pela comarca da capital por homicídio e tráfico de drogas.
A polícia pede que, quem tiver informações sobre o paradeiro de Sebastião Soares, deve entrar em contato com o Disque-Denúncia, pelo telefone (98) 3223-5800.
Entenda o sequestro
A Polícia Civil do Maranhão informou que o sequestro do menino Pedro Paulo foi idealizado por Antônio Dagui, que é ex-funcionário durante anos do pai da criança, Jurandir Mellado. A polícia disse que o acusado conhecia a rotina dos moradores da casa onde vivia o garoto e sabia do alto poder aquisitivo da família.
Os sequestradores tinham conhecimento de detalhes da casa e das condições clínicas do garoto, que tem rejeição a lactose. No dia 27 de junho, os sequestradores aproveitaram a chegada da empregada à residência da família e levaram o garoto como refém na camioneta de propriedade do pai. A babá foi levada junto, mas foi liberada horas depois, com um bilhete cobrando o resgate.
Após 14 dias no cativeiro, onde não foi maltratado, o menino foi libertado na noite de terça-feira (10), no distrito de Cicilândia, em Palmeirante (TO), após pagamento de R$ 500 mil. O pai da criança foi, acompanhado de policiais, até o local da libertação da criança.
“Essa é uma quadrilha extremamente perigosa e muito bem organizada. Todas as nuances do sequestro revelam isso e basta ver o modus operandi dos mesmos, que só se comunicaram com a família através de mensagens cifradas abandonadas dentro de pequenos frascos em pontos estratégicos de Imperatriz e por meio de chip de memória, onde as mensagens em gravadas e depois repassadas aos interlocutores”, explicou o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluisio Mendes, em entrevista coletiva no último dia 11.
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