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Justiça decreta novo adiamento de audiência com PMs envolvidos na morte do filho de Cissa Guimarães

Cissa Guimarães reza em cerimônia de inauguração da pista de skate que leva o nome de seu filho, Rafael Mascarenhas. Rafael morreu em julho de 2010 após ser atropelado em um túnel da zona sul do Rio de Janeiro. - Roberto Filho/AgNews
Cissa Guimarães reza em cerimônia de inauguração da pista de skate que leva o nome de seu filho, Rafael Mascarenhas. Rafael morreu em julho de 2010 após ser atropelado em um túnel da zona sul do Rio de Janeiro. Imagem: Roberto Filho/AgNews

Do UOL, no Rio

18/07/2012 17h17

A audiência de instrução e julgamento do processo sobre a morte do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, foi adiada para o dia 30 de agosto pela Auditoria de Justiça Militar. A sessão --originalmente agendada para o dia 12 de julho-- já tinha sido transferida para esta quinta-feira (19).

O adiamento foi deliberado após solicitação do advogado de defesa do PM Marcelo de Souza Bingon, Ekner Maia, que argumentou ter uma outra audiência marcada para amanhã, na mesma faixa de horário.

Bingon e o também PM Marcelo José Leal Martins são acusados de receber suborno para liberar o automóvel que atropelou a vítima, em julho de 2010.

Na última quinta-feira (12), a audiência de instrução e julgamento acabou não ocorrendo em função da ausência dos advogados dos réus. O juiz da Auditoria de Justiça Militar, Marcius da Costa Ferreira, chegou a esperar por uma hora e meia até se convencer de que a defesa não iria comparecer ao local da sessão.

Na ocasião, os acusados compareceram ao tribunal militar, mas optaram por não falar com os jornalistas. Ausente, a atriz Cissa Guimarães foi representada pelo advogado da família.

Os dois policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público por corrupção ativa, já que teriam aceitado R$ 1.000, segundo o MP, para liberar o carro conduzido por Rafael Bussamra. Pouco antes, o motorista havia atropelado Rafael Mascarenhas, 18, que estava andando de skate com amigos no túnel Acústico, na Gávea, na zona sul do Rio. A via estava fechada para o tráfego.

Se condenados, o ex-sargento Marcelo José Leal Martins e o ex-cabo Marcelo de Souza Bingon podem ser punidos com três a oito anos de prisão. Caso a defesa volte a não comparecer à Auditoria de Justiça Militar na próxima semana, o juiz terá a possibilidade garantida por lei de nomear defensores públicos para representar os acusados.