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Polícia Federal prende irmão do radialista Mução por pedofilia, em Fortaleza

No começo de julho, irmão de Mução havia assumido acusação de pedofilia feita contra o radialista - Bandnews
No começo de julho, irmão de Mução havia assumido acusação de pedofilia feita contra o radialista Imagem: Bandnews

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

23/07/2012 16h20

A Polícia Federal prendeu, na tarde desta segunda-feira (23), o assistente de produção Bruno Vieira Emerenciano, irmão do radialista Rodrigo Vieira Emerenciano, conhecido como "Mução". Ele foi detido em seu apartamento, no bairro Meireles, área nobre de Fortaleza.

Segundo a Polícia Federal cearense, a ordem de prisão foi dada 13ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco. O irmão do humorista deverá ser transferido para Recife nas próximas horas, onde ficará detido.

Bruno teve a prisão decretada com base nas investigações da operação Dirty Net, deflagrada no dia 28 de junho em combate à pedofilia na Internet. No mesmo dia, Mução chegou a ser preso, por conta de material suspeito transmitido e contido em computadores do humorista. As imagens de sexo explícito envolviam crianças, adolescentes e até bebês.

No dia seguinte, o irmão do humorista admitiu que era ele quem usava a máquina e o nome de Mução para acessar o material ilegal. Na noite do dia seguinte à operação, o humorista –que chegou a ser levado ao Recife-- teve ordem de prisão revogada e foi liberado. Bruno trabalhava na produção do programa de rádio com Mução.

Segundo informou a delegada responsável pelo caso, Kilma Caminha, o irmão do humorista pode pegar de quatro a dez anos de prisão por disponibilizar imagens de crianças e adolescentes na internet.

A operação

A operação Dirty Net foi realizada pela Polícia Federal em 11 Estados e no Distrito Federal no dia 28 de junho, quando 32 pessoas foram presas. A operação foi realizada com apoio do Ministério Público Federal e da Interpol e teve por objetivo desarticular uma quadrilha que compartilhava material de pornografia infantil na internet.

As prisões ocorreram nos Estados do Rio Grande do Sul (5), Paraná (3), São Paulo (9), Rio de Janeiro (5), Espírito Santo (1), Ceará (1), Minas Gerais (5), Bahia (1) e Maranhão (2).

Foram cumpridos 50 mandados de busca que resultaram na apreensão de farto material, entre HDs, computadores, mídias, pendrives, entre outros acessórios para armazenamento de arquivos digitais, câmeras fotográficas e filmadoras.

A operação Dirty Net foi um desdobramento opa operação ‘Caverna do Dragão’. Após investigações de uma única pessoa, a PF descobriu uma rede de aproximadamente 160 usuários de conteúdos pornográficos envolvendo crianças e adolescentes, com 97 usuários no exterior e 63 no Brasil. Era uma rede privada, criptografada, onde só era possível entrar com convite e aprovação dos outros membros.